sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS


A Associação Portuguesa José Marti deseja um Feliz Natal e um Novo Ano pleno de Felicidades.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DIREITOS HUMANOS

Comemora-se em 10 de Dezembro o Dia Internacional dos Direitos Humanos, cuja Declaração foi aprovada pela Assembleia Geral da Nações Unidas neste mesmo dia no ano de 1948 como uma carta de intenções a ser adoptada pelos governos, constituindo uma obrigação para todos os membros da comunidade internacional na protecção e preservação dos direitos dos seus cidadãos.

Infelizmente a maioria dos países, incluindo Portugal, violam os princípios que subscreveram, deixando os seus cidadãos entregues à sua sorte e pouco fazendo para inverter essa situação, antes pelo contrário, ao não garantirem a saúde ou a educação gratuita e uma protecção social digna para os mais desfavorecidos.

Os EUA, país que mais viola os direitos dos seus cidadãos, mantém presos os Cinco Patriotas Cubanos que actuavam no combate ao terrorismo, pelo que, por proposta dos delegados da América Latina e Europa reunidos em Holguin-Cuba no VI Colóquio Internacional pela Liberdade dos Cinco Heróis, realiza-se a partir do dia 10 e até dia 14 uma acção internacional das 9 às 17 horas (das 14 às 22 horas em Portugal) solicitando ao Presidente Barack Obama por telefone, por fax, por correio electrónico ou por telegrama, a libertação imediata dos Cinco Patriotas Cubanos presos injustamente nos EUA.

Muitos países têm sido advertidos e a própria Amnistia Internacional no passado dia 13 de Outubro aconselhou os EUA a que revejam o caso, indultando-os para que possam regressar a suas casas, já que o Presidente Obama tem provas mais que suficientes de que os Cinco estão inocentes das acusações de que foram alvo, pois jamais significaram uma ameaça para a segurança nacional, não possuíam armas e que o seu único objectivo era a de monitorizar as organizações terroristas sedeadas em Miami, a fim de evitarem acções que provocassem mais mortes de pessoas inocentes no território cubano.

Assim, todos os que o desejarem poderão enviar a seguinte mensagem:

“Ao Presidente Barack Obama.
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, fazendo uso das faculdades que lhe confere a Constituição dos EEUU, como advogado, como pai, como filho, como marido, como pessoa decente, como amante da justiça, como Prémio Nobel da Paz, solicitamos-lhe que ponha fim a esta colossal injustiça e que liberte de imediato António Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramon Labañino e René González”.


Telefone:
00-1-202-456-1111
Fax:
00-1- 202-454-2461
Correio electrónico: (formulário)
http://www.whitehouse.gov/contact/
Telegrama:
Presidente Barack Obama
The White House
1600 Pennsylvania Ave, NW
Washington, DC 20500 / EE.UU.

Esta acção colectiva só poderá ter o êxito desejado se de todas as partes do mundo surgirem os apelos e Portugal marcará a sua presença.

JUNTOS PODEMOS CONSEGUIR !

terça-feira, 30 de novembro de 2010

JANTAR

Comemorou a nossa Associação o seu primeiro ano de existência com um jantar que se realizou no passado dia 26 de Novembro, tendo na ocasião o Senhor Embaixador Eduardo Lerner proferido algumas palavras de incentivo que muito nos sensibilizou, dando-nos a certeza de estarmos no caminho certo na defesa intransigente de todo um povo que nos merece a maior admiração e respeito.

De entre as várias mensagens que nos chegaram, transcrevemos a do nosso Amigo José Pereira, em nome do Comité Português para a Libertação dos Cinco:

“O meu agradecimento pelo convite que me foi transmitido e as minhas desculpas por não ter dado qualquer resposta até ao momento.
Seria com grande prazer que gostaria de estar presente no vosso aniversário, mas por razões de compromissos familiares marcados anteriormente não me é possível aceitar o convite.
Quero no entanto transmitir-vos em meu nome pessoal e como membro do Comité Português para a Libertação dos Cinco, as maiores felicitações para Associação neste seu 1º aniversário de trabalho solidário que tem desenvolvido em prol da verdade dos factos sobre Cuba e muito particularmente sobre a situação do bloqueio norte-americano e dos nossos Cinco irmãos que continuam injustamente encarcerados nos EUA.
Muitos parabéns, a força da verdade é mais forte que as incompreensões, calúnias ou mentiras... Continuação de sucessos, bem hajam”.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

1.º ANIVERSÁRIO

Comemorando a nossa Associação o seu primeiro ano de vida no próximo dia 28 de Novembro, não poderíamos deixar passar esta data sem a assinalar de uma forma simples mas significativa, pois com todas as dificuldades que se nos têm deparado, julgamos que conseguimos ultrapassar os tempos mais difíceis e que o futuro se apresenta com outras perspectivas mais favoráveis.

Sujeitámo-nos a incompreensões, mal-entendidos, calúnias e até mentiras, que deram azo à falta de colaboração de quem, por questões morais e sentimentais mais obrigações teria de estar connosco, mas isso não nos desmotivou, antes pelo contrário, pois já demonstrámos quer no passado quer no presente, que as nossas convicções estão acima de quaisquer contrariedades, pois sabemos que a razão está do nosso lado e o mais importante é CUBA.

Assim, iremos realizar um jantar no próximo dia 26 de Novembro (sexta-feira) pelas 20h00 no Restaurante Típico Cubano “El Tocoloro” no Seixal uma noite cubana com a presença do Senhor Embaixador Eduardo Lerner e da 1.ª Secretária da Embaixada Ivette Garcia, aproveitando a ocasião para debater a “Declaração Universal dos Direitos do Homem” proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de Dezembro de 1948 e que vem sendo desrespeitada pelos EUA em relação aos Cinco Heróis Cubanos presos há mais de 12 anos por combaterem o terrorismo.

O jantar, com um custo por pessoa de 15,00 €, terá a animação do músico cubano José Debray e será constituído por comida tipicamente cubana.

As inscrições estão abertas a associados, simpatizantes e amigos, havendo apenas limitações por motivos de espaço, pelo que todos os interessados se devem inscrever o mais rapidamente possível através do mail: associacaojosemarti@gmail.com

sábado, 23 de outubro de 2010

ENCONTRO

Tal como programado, decorreu ontem dia 22 de Outubro no Centro Cultural e Desportivo das Paivas o Encontro sob o tema “O Bloqueio dos EUA a CUBA” o qual contou com uma vasta assistência interessada e participativa, tendo o Senhor Embaixador dissertado sobre o assunto e respondido a todas as questões que lhe foram colocadas.

No final os presentes aprovaram uma Moção que já foi enviada ao principal destinatário e ao Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.


MOÇÃO

Considerando que a Revolução Cubana e a sua resistência às contrariedades tem sido um exemplo pela sua independência, justiça social e construção de um projecto de futuro com um alto sentido humanista e de solidariedade para com os outros povos;

Considerando que o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos sucessivos governos dos Estados Unidos da América desde há mais de 50 anos, sendo o mais prolongado, injusto e cruel que se conhece em toda a história da humanidade, constitui uma verdadeira guerra económica que se pode qualificar como genocídio, tendo como objectivo fundamental a destruição da ordem constitucional de Cuba;

Considerando que o bloqueio viola o direito inalienável do povo cubano à sua autodeterminação, independência e soberania, adoptando o sistema económico, político e social que mais convenha aos seus interesses, como está referenciado na Carta das Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos principais Regulamentos Internacionais que regem as relações entre as nações;

Considerando que o prejuízo económico directo causado ao longo de 50 anos ao povo cubano pela aplicação do bloqueio ultrapassa os 750 mil milhões de dólares, não estando contabilizados outros danos, como os sociais, os de sabotagem e os de acções terroristas estimuladas, organizadas e financiadas desde os EUA;

Considerando que sem este bloqueio os recursos financeiros de Cuba seriam maiores e poderiam ser aplicados em projectos de desenvolvimento sustentável, económico e social em prol dos seus cidadãos;

Os participantes no debate organizado pela Associação Portuguesa José Marti, reunidos no dia 22 de Outubro de 2010 no Seixal, Portugal, exortam o Presidente dos Estados Unidos da América a que no uso das suas amplas prerrogativas ponha fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro contra Cuba, dando assim cumprimento às sucessivas deliberações da Assembleia Geral das Nações Unidas.


Seixal, Portugal, 22 de Outubro de 2010

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ÚLTIMA HORA - CATEGÓRICO APOIO A CUBA

Tal como já era esperado, 187 países aprovaram hoje, 26 de Outubro, na Assembleia Geral das Nações Unidas a Resolução que condena o bloqueio dos EUA contra Cuba, abstendo-se as Ilhas Marshall, a Micronésia e Palau, com os votos contra dos EUA e Israel.

De destacar que este ano Palau não alinhou com o império, pelo que esta votação é a mais favorável a Cuba desde há 19 anos.

Na ocasião, o Embaixador da Bolívia Pablo Solón, afirmou:

“… quase 50 anos depois da instauração deste bloqueio, esse cerco desumano, longe de ter isolado a pequena ilha e o seu heróico povo, despertou a maior solidariedade internacional”.
“… a resolução que hoje adoptámos é o reconhecimento à dignidade, à firmeza e à resistência de um povo que frente à adversidade não dobrou os joelhos”.
“… o maior êxito deste bloqueio a Cuba foi isolar os EUA, tal como o constatamos hoje aqui na Assembleia Geral das Nações Unidas.”
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

MOÇÃO DE APELO


Com o recente alerta por parte dos EUA e do Reino Unido a que se junta agora o Japão, em relação ao risco de atentados terroristas na Europa, torna-se imperioso que o mundo se una para prevenir e combater estas ameaças, admitindo-se assim que por parte dos governos tudo seja feito para defender vidas humanas em qualquer parte do planeta.

Cuba, que há mais de 50 anos vem sofrendo ameaças e acções criminosas no seu território perpetradas por grupos terroristas sediados em Miami, tem todo o direito a defender a sua soberania e independência nacional, já que os sucessivos governos dos EUA têm permitido e até apoiado que esses mesmos grupos de mercenários aí tenham as suas bases de treino e planeamento.

Cada vez são mais as vozes que de todos os pontos do mundo vêm apelando ao Presidente Obama a libertação imediata dos Cinco Heróis Cubanos injustamente presos por combaterem o terrorismo, juntando-se agora diversos organismos e instituições internacionais que, conhecedores da verdade, sabem que nenhum deles actuou contra a segurança interna dos EUA, tal como foi reconhecido em tribunal, mas sim na defesa dos seus concidadãos cubanos, denunciando as acções de sabotagem que estavam a ser preparadas contra Cuba, evitando assim a perda irreparável de vidas humanas.

Porque os Cinco Heróis Cubanos foram condenados através de processos judiciais eivados de irregularidades à luz de um estado de direito que se crê seja o dos EUA, e que com este procedimento mancha a Justiça Americana, o Direito Internacional e em particular o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos que os EUA subscreveu, a Associação Portuguesa José Marti reunida no Seixal no dia 5 de Outubro de 2010, apela à alta autoridade do Presidente e Prémio Nobel da Paz Barack Obama para que liberte de imediato e sem condições, Gerardo, René, António, Fernando e Ramón, que estão injustamente presos há mais de 12 anos.

Seixal – Portugal, 5 de Outubro de 2010
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA JOSÉ MARTI

domingo, 26 de setembro de 2010

SE EU FOSSE VENEZUELANO


Domingo é um dia importante para a Venezuela. Estão anunciadas as eleições para escolher 165 membros do Parlamento e em redor do importante evento trava-se uma histórica batalha.

Mas, por sua vez, as notícias sobre o estado do tempo são desfavoráveis. Fortes chuvas estão a fustigar a terra que foi o berço de “El Libertador”.

As chuvas excessivas afectam mais a pobres do que a outros. São os que têm as casas mais modestas, vivem nos bairros mais esquecidos historicamente com difícil acesso, ruas más e com menos trânsito. Quando as águas invadem os seus lares, tudo perdem. Eles não dispõem das casas cómodas e seguras dos ricos com as suas amplas avenidas e abundantes meios de transporte.

Não se trata de uma eleição presidencial. Nas exclusivamente parlamentares, a população mobiliza-se pouco e não lhes dá importância.

Em geral, onde o imperialismo domina e a oligarquia oportunista recebe uma parte substancial dos bens e serviços nacionais, as massas não têm nada a ganhar ou a perder e, ao império, não lhe preocupa as eleições. Nos Estados Unidos, nem sequer as eleições presidenciais mobilizam mais de 50% dos que têm direito a votar.

Por que então os seus enormes recursos mediáticos viram-se desta vez contra a Venezuela e a submetem a um implacável bombardeio de mentiras e calúnias contra o Governo Revolucionário Bolivariano?

Não tentarei amontoar argumentos para persuadir um povo valente e digno como o da Venezuela. Vi as mobilizações populares e o fervor de milhões de pessoas, especialmente da gente mais humilde e combativa, que tive o privilégio de viver numa etapa nova na história do seu país, que devolveu ao povo os faustosos recursos da Venezuela. A sua Pátria já não é uma nação de analfabetos, onde milhões de homens, mulheres e crianças sobreviviam em extrema pobreza.

Não lhes falarei de uma experiência que Cuba viveu, na qual falam 50 anos de resistência heróica frente ao bloqueio e aos repugnantes crimes do governo dos Estados Unidos.

Digo-lhes simplesmente o que faria se fosse venezuelano.

Eu enfrentaria as chuvas e não permitiria que o império tirasse delas algum proveito; lutaria junto a vizinhos e familiares para proteger pessoas e bens, mas não deixaria de ir votar como um dever sagrado; na hora que fosse, antes de chover, quando chover, ou depois de chover, mas enquanto houvesse um local de voto aberto.

Estas eleições têm uma importância enorme e o império sabe-o: quer tirar força à Revolução, limitar a sua capacidade de luta, privá-la dos dois terços da Assembleia Nacional para facilitar os seus planos contra-revolucionários, incrementar a sua vil campanha mediática e continuar rodeando a Venezuela de bases militares, cercando-a cada vez mais com as letais armas do narcotráfico internacional e da violência.

Se existem erros, não renunciaria nunca à oportunidade que a Revolução oferece para os rectificar e vencer obstáculos.

Se eu fosse venezuelano, mesmo debaixo de raios e coriscos, lutaria até ao impossível para converter o 26 de Setembro em uma grande vitória.

Fidel Castro Ruz
25 Setembro 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

sábado, 4 de setembro de 2010

BLOQUEIO


O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, anunciou hoje a extensão até 14 de Setembro de 2011 das sanções previstas na Lei contra o “Comércio com o Inimigo” que supõe na prática a continuação do bloqueio contra Cuba.

Segundo informação do governo através de um comunicado, Obama subscreveu um memorando enviado à Secretária de Estado Hillary Clinton e ao titular do Tesouro Timothy Geithner, no qual afirma que “a continuação durante um ano destas medidas referentes a Cuba convêm aos interesses nacionais dos Estados Unidos”.

A renovação desta Lei que proíbe as empresas americanas de fazer negócios com Cuba tem um carácter permanente, já que tem vindo a ser aplicada há mais de meio século.

A Lei contra o “Comércio com o Inimigo” data de 1917 e foi aprovada com vista à entrada dos Estados Unidos da América na Primeira Guerra Mundial.

Cuba é o único país do mundo sujeito às sanções desta Lei, depois de em 2008 a Administração de George W. Bush optar por não renovar a aplicação das medidas em relação à Coreia do Norte, como contrapartida ao acordo de Pyongyang divulgar detalhes do seu programa nuclear.

Assim continuará o criminoso bloqueio contra Cuba e se alguém pensava que Obama iria ser diferente dos seus antecessores, bem se enganou.
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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A PAZ COM A PAZ SE PAGA


O líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, discursou hoje, sexta-feira, perante os estudantes da Universidade de Havana, no mesmo local (a escalinada) onde há 65 anos se iniciou nas lutas académicas, tornando-se num dos mais destacados dirigentes estudantis.

Eis o seu discurso:


Queridos compañeros:

Les pedí reunirnos hoy temprano, antes de que nuestro Sol caliente demasiado.

Esta escalinata, a la que nunca imaginé volver, guarda imborrables recuerdos de los años en que comencé a tener conciencia de nuestra época y de nuestro deber. Se puede adquirir conocimientos y conciencia a lo largo de toda la vida, pero jamás en ninguna otra época de su existencia una persona volverá a tener la pureza y el desinterés con que, siendo joven, se enfrenta a la vida. A esa edad, descubrí mi verdadero destino.

Es por ello inevitable que, en estos instantes, me acompañe el recuerdo de tantos compañeros que conocí hace exactamente 65 años. Fue en la primera semana de septiembre cuando ingresé en esta Universidad, que era la única del país. Es mejor que no intente siquiera preguntar por cada uno de ellos, y guardar solo el recuerdo de cuando todos eran jóvenes y entusiastas y, por lo general, desinteresados y puros.

Me anima sobremanera tener presente a los que son hoy, como nosotros ayer, aunque incomparablemente más cultos, más libres y más conscientes.

Entonces, sobre esta colina universitaria caía el poder de la fuerza bruta y la brutalidad de la fuerza, la inconsciencia y la corrupción aplicada a nuestro pueblo.

Gracias al ejemplo de los que nos habían precedido, a los estudiantes fusilados por exigencia de las hordas de los llamados voluntarios españoles, nacidos muchos en esta tierra que se ponían al servicio de la tiranía española, gracias al Apóstol de nuestra independencia y a la sangre derramada por decenas de miles de patriotas en tres guerras de independencia, nos precedía realmente una historia que inspiraba nuestras luchas. No merecíamos ser colonia de un imperio mucho más poderoso todavía, que se apoderó de nuestra Patria y de una buena parte de la conciencia nacional, sembrando el fatalismo con la idea de que era imposible sacudirse de tan poderoso yugo.

Peor aún, había surgido ya una poderosa capa explotadora que, al servicio de los intereses del imperio, saqueaba a nuestro pueblo extrayendo riquezas, manteniéndolo maniatado e ignorante a través de la fuerza, y no pocas veces, utilizando a otros nacidos en el país, para actuar como torturadores y asesinos de sus hermanos.

La Revolución puso fin a esos horrores, es por ello que podemos reunirnos aquí esta mañana de septiembre.

Cuán lejos estábamos de pensar después del triunfo que, en una ocasión como esta, volveríamos a reunirnos en esfuerzos aún mayores y con objetivos superiores a los que, en un tiempo, nos parecieron las más altas metas de los pueblos, en aras de la justicia y la felicidad de los seres humanos.

No pareciera posible que un país tan pequeño como Cuba se viera obligado a cargar el peso de la lucha contra aquellos que han globalizado y sometido el mundo a un inconcebible saqueo, y le ha impuesto un sistema que hoy amenaza la propia supervivencia de la humanidad.

No hablo solo en pro de los intereses de nuestra nación. Podría decirse que tales objetivos quedaron atrás, en la medida en que la existencia y el bienestar de los pueblos dejaron de ser nuestros objetivos, en aras de intereses mundiales, sin los cuales, la vida de las naciones es imposible. También es cierto que, en nuestras luchas por la emancipación nacional y social, nuestro país, bastión del coloniaje español en este hemisferio, fue el primero en ser ocupado y el último en sacudir ese yugo después de más de 400 años de dominación.

Nuestra lucha por la liberación nacional se mezcló con el tenaz esfuerzo de los trabajadores de nuestro país por su liberación social. No fue obra de la voluntad; lo fue del azar. El mérito del pueblo cubano es haber sabido comprender y fortalecer los indisolubles lazos entre ambos (Aplausos y exclamaciones de: “¡Viva Fidel!”).

El tiempo que la humanidad dispone para librar esta batalla, es increíblemente limitado. A lo largo de más de tres meses de incesante batallar me esforcé modestamente por divulgar, ante un mundo inadvertido, los terribles peligros que amenazan la vida humana en nuestro planeta. Es sabido, y no me queda otra alternativa que recordar el hecho, de que no estamos viviendo la época de la caballería y el acero de las espadas acompañados por arcabuces de un disparo, que fueron precedidos durante siglos por las máquinas que demolían murallas o trataban de hacerlo, o los carros de combate tirados por caballos, que portaban cuchillos en las ruedas; armas, en fin, siempre crueles, pero de limitado poder destructivo que los humanos usaron para guerrear entre sí, desde que inventaron las mazas, hasta la Primera y Segunda Guerra Mundial, en las que usó armas automáticas, tanques, aviones de combate y fortalezas volantes, submarinos, torpedos, acorazados y portaaviones que elevaron las pérdidas humanas a decenas de millones de muertos, y a cientos de millones las víctimas de la destrucción, las heridas, las enfermedades y el hambre, secuelas inevitables de las guerras.

Dos artefactos nucleares fueron utilizados al final de la última contienda. Nunca el hombre concibió tan terrible destrucción y exterminio. Hace más de 60 años se habla del bombardeo de Hiroshima y Nagasaki; por ahí hemos señalado que el poder destructivo de las armas acumuladas equivale a más de cuatrocientas cuarenta mil veces el poder de alguna de aquellas bombas. Es así, es lo que dice la matemática. No añado más porque tendría que usar palabras bastante duras respecto a las causas y a los responsables de esa tristísima realidad.

Pero eso no bastó. La pretensión de dominio económico y militar de los primeros en utilizar esos aterradores instrumentos de destrucción y muerte, condujeron a la humanidad a la posibilidad real de perecer que hoy enfrenta. No necesito argumentarles lo que ustedes ya de sobra conocen. El problema de los pueblos hoy día, digamos, el de más de siete mil millones de seres humanos, es impedir que tal tragedia suceda.

No me agrada decir la dolorosa verdad, que constituye una vergüenza para todo lo que se identifica como política y gobierno. Al mundo se le ocultó deliberadamente esta realidad y le ha correspondido a Cuba la dura tarea de advertir a la humanidad del peligro real que está confrontando. En esa actividad no debemos desmayar. He utilizado argumentos que no deseo repetir ahora. Frente a los escépticos, nuestro inconfundible deber es seguir librando la batalla. Me consta que un número creciente de personas en el mundo han tomado conciencia de la realidad.

Comentando la primera parte de la entrevista, publicada el lunes 30 de agosto por la directora de La Jornada en ese prestigioso órgano de prensa mexicano, un ciudadano de Nuestra América, que la conoció por el sitio Web CubaDebate, hizo llegar su opinión con palabras tan profundas que decidí incluir, en este mensaje a los estudiantes universitarios de Cuba, lo fundamental de sus ideas:

“Hago un llamado, a todos los países que hoy se encuentran involucrados en conflictos militares. Por favor, piensen siempre en lograr una paz verdadera, que es lo que nos conviene a todos. Nuestros hijos, nuestros nietos y seres humanos del mundo, todos se lo vamos a agradecer. Necesitamos vivir en paz y seguros en un planeta que cada día es menos habitable. Es muy fácil de entender. El armamento nuclear debe desaparecer, ningún país debe poseerlo, la energía atómica debe ser usada solo para el bien. LA ÚNICA VERDADERA VICTORIA ESTÁ EN GANAR LA PAZ.

“Hoy enfrentamos dos grandes desafíos: la consolidación de la paz mundial y salvar el planeta del cambio climático. Lo primero es lograr una paz duradera sobre bases sólidas, la segunda es la de revertir el cambio climático. Hay que tomar conciencia de estos problemas que nosotros mismos los hemos creado y que somos los protagonistas de los cambios que tenemos que lograr. El panorama del siglo pasado no era igual que el de este siglo. El armamento, en estos momentos, es más sofisticado y mortífero y el planeta más débil y contaminado.

“Conferencia Mundial de Cambio Climático de Cancún. [...] la única oportunidad que nos queda. [...] Estamos llegando a un punto crítico donde no existe marcha atrás. En ese momento, por miedo, quisiéramos hacer cualquier cosa para salvar nuestras vidas, pero ya todo sería en vano y demasiado tarde. Las oportunidades en nuestras vidas pasan por delante de nosotros una sola vez y hay que saberlas aprovechar. Nuestra Madre Naturaleza es como un fumador pasivo que aunque no tiene vicio, la enfermamos indiscriminadamente.”

“Nadie tiene el derecho de usar la violencia contra ningún ser humano, país o nación. Nadie puede cortar un árbol si antes no plantó tres. [...] No podemos estar de espalda a la naturaleza. Todo lo contrario, debemos permanecer siempre abrazados a ella. Porque nosotros mismos somos naturaleza, formamos parte de ese abanico de colores, de sonidos, equilibrio y armonía. La naturaleza es perfecta.

“Kioto significó para todos los seres humanos una esperanza…”

“Si no hacemos nada. Nadie se salvará, no habrá lugar seguro sobre la tierra, ni en el aire, ni en el cosmos. La gran energía que diariamente se acumula por el efecto invernadero, ya que los rayos solares quedan atrapados y descargan más energía cada día sobre la superficie terrestre. Provocará que se produzcan desastres naturales de consecuencias impredecibles ¿Alguien en la tierra tendría un botón capaz de poder detener semejante desastre?”

“…no podemos perder tiempo en guerras anacrónicas que nos debilitan y agotan nuestras energías. Los enemigos hacen las guerras. Eliminemos todas las causas que provocan que el hombre vea al hombre como su enemigo. Ni los que se enfrentan en una guerra están conscientes de que esa sea la solución a sus problemas, reaccionan ante sus emociones y no les hacen caso a su conciencia pensando erróneamente que el camino a la paz es la guerra. Yo digo, sin ninguna posibilidad de error, que la paz con la paz se logra y: SI QUIERES LA PAZ, PREPARETE PARA CAMBIAR TU CONCIENCIA (Aplausos).”

Hasta aquí lo esencial de sus palabras, bien sencillas y al alcance de cualquier ciudadano del mundo.

El miércoles primero de septiembre, cuando elaboraba este mensaje, una información publicada por el sitio Web CubaDebate nos trajo la siguiente noticia: “Una nueva ola de filtraciones sobre un ataque contra los objetivos nucleares de Irán que Israel prepara junto con Estados Unidos esta vez puede tener un fundamento real, considera en un artículo publicado este martes George Friedman, director ejecutivo del prestigioso centro Stratfor, que cuenta con antiguos analista de la CIA entre sus colaboradores.” Es una persona bien preparada y con prestigio.

La información continúa expresando:

“Han sido numerosas las ocasiones en las que se han difundido diferentes versiones del posible ataque contra la República Islámica supuestamente filtradas desde los servicios secretos. Según expertos, se trataba de un intento de ejercer presión psicológica sobre Teherán para hacerlo buscar el consenso con Occidente.”

“…esta técnica no prosperó y es muy poco probable que se vuelva a emplear con el mismo objetivo, señala Friedman…”

“‘Es paradójico, pero la nueva tanda de rumores sobre la guerra esta vez puede ir dirigida a convencer a Irán precisamente de que no habrá guerra, mientras en realidad se está preparando ya’…”

“El analista descarta por completo que Tel Aviv se atreva a emprender una operación militar sin contar con el apoyo del Pentágono.”

“Al mismo tiempo, el experto advierte que la consecuencia más grave del posible ataque contra Irán sería que la República Islámica bloqueara el estrecho de Ormuz, entre los golfos de Omán y Pérsico, lo cual colapsaría el 45% de los suministros mundiales de petróleo haciendo que se disparase su precio y dificultando la recuperación de la economía mundial tras la recesión.”

Así concluye la información.

Para mí resulta increíble que el temor a un ataque se deba a las consecuencias que puede tener en el precio del petróleo y en la lucha contra la recesión. No albergo, por mi parte, la menor duda de que la capacidad de respuesta convencional de Irán provocaría una feroz guerra, cuyo control escaparía de las manos de las partes beligerantes y la misma se tornaría irremediablemente en un conflicto nuclear global. Es lo que vengo sosteniendo.

Un significativo despacho de la AFP afirma que, “El ex primer ministro británico Tony Blair advirtió este miércoles que la comunidad internacional podría no tener otra alternativa que la opción militar si Irán desarrolla armas nucleares, en una entrevista con la BBC con motivo de la llegada de sus memorias a las librerías.”

Y continúa:

“‘Pienso que no hay alternativa a esto si continúan desarrollando armas nucleares. Deben recibir este mensaje alto y claro’, agregó haciéndose eco de una amenaza que ya han blandido varias veces Estados Unidos e Israel.” concluyo Blair.

Claro, si están fabricando armas nucleares ellos no tienen ninguna prueba ni la pueden tener, porque lo que están es usando unos centros de investigación, haciendo investigaciones; no tienen, hasta dentro de uno o dos años, como ellos mismos han declarado, material para empezar a fabricar una bomba. Esto, sin tomar en cuenta que los fabricantes de armas nucleares tienen 25 000 armas nucleares, sin contar las convencionales inimaginables. No tienen pruebas para ello, se trata de un centro de investigación. ¿Es una razón para atacarlos? Tener una planta que produzca energía eléctrica, partiendo del uranio, es algo que no constituye un delito, y para ellos es una prueba de la fabricación de armas. Ya lo hicieron, lo hicieron en el 1981 contra un centro de investigación iraquí, y lo hicieron en el 2007 contra un centro de investigación sirio; de ese no se habló, es una especie de misterio por qué no se habló. Porque hay cosas terribles que ocurren de las que no se habla y nadie las publica.

Bueno, esas son las pruebas, porque se habla de atacar esos reactores y esos centros de investigación. Por eso no hay que dejarse confundir con la palabrita de “si intentan” fabricar armas nucleares.

Un despacho noticioso de la agencia ITAR-TASS comunica que: ”Las sanciones contra Irán no reportarán un resultado deseado, el problema iraní no debe ser resuelto por ningún método de fuerza. Así manifestó hoy el jefe de la diplomacia rusa Serguéi Lavrov en su intervención ante estudiantes del Instituto -qué casualidad- de Relaciones Internacionales MGIMO.”

Y continúa el cable:

“Partimos de que ningún problema mundial debe resolverse por métodos de fuerza, señaló. Lavrov llamó atención a la postura del presidente de EE.UU., Barack Obama, en relación con Irán, particularmente, la involucración de Irán en el proceso negociado. Saludamos una normalización de las relaciones entre EE.UU. e Irán, acotó.”

Estimo que Rusia no es solo miembro del Consejo de Seguridad con derecho a veto, sino también un poderoso país cuya opinión no puede ser ignorada. Independientemente de que en esa Resolución del 9 de junio, todos los que tienen derecho al veto apoyaron la Resolución. Turquía y Brasil no la apoyaron, y Líbano se abstuvo. Ese era un momento de gran importancia, porque la Resolución quedó aprobada, la que autoriza la inspección de los mercantes iraníes y además establecieron un plazo, decían 90 días, hay algunos que dicen que el 9 se vence, otros que el 7. Además dice que ese día tenían que informar si acataron o no.

Ahora hay que ponerse a esperar a ver qué hacen dentro de esta situación, cómo valoran la opinión mundial, qué efecto tendrá, si inventan otro plazo o no, si declaran que no lo van a hacer, o si ratifican que lo van a hacer, podrá tardar más o menos, no puede ser mucho tiempo.

Les recomiendo que estemos atentos, que les pidamos a nuestros medios de información que nos comuniquen, para seguir de cerca la situación.

Gracias a los medios electrónicos hay personas en el mundo, un número creciente de personas, que se informan, porque no pueden impedirlo, independientemente de que las agencias noticiosas y los grandes medios de información en manos de poderosas empresas capitalistas, guarden silencio, el mundo se está enterando. Se los digo por la cantidad de mensajes que llegan. Yo les leí una opinión que escogí: es a las 4:52, a las 4:54, otra a las 4:55, los compañeros que recogen explican que llegan de todas partes del mundo, no solo de América Latina. Es imposible recogerlos y comentarlos, tenemos una idea de los estados de opinión, de la credibilidad que le dan o no, y les puedo decir que dan una credibilidad grande, como ustedes se la están dando. Se ve claro, y eso es decisivo. Es una etapa nueva, nunca se conoció una situación parecida a esta.

Por lo tanto, yo les sugiero a ustedes, y a todos nuestros compatriotas que traten de estar atentos, y a nuestros medios de prensa que informen, porque a veces se guarda un silencio extraño en la prensa internacional y después aparecen, de repente, una serie de noticias. Las que van a venir sucesivamente, cada día son más interesantes.

Nadie puede decir una palabra exacta de lo qué va a pasar, porque están desenvolviéndose estos acontecimientos.

¿Qué pasará el 7, el 9, el 15, el 20? Tenemos que hacer nuestros planes, los planes de trabajo, cada uno el suyo. Yo, por mi parte, me concentro; vengo concentrado en esto hace rato, recogiendo cuanta información es posible.

Pero en este problema todos tenemos una parte de trabajo, una parte de responsabilidad que no significa detener las cosas que estemos haciendo.

Además, otro país muy importante, es el último mencionado aquí, porque fue el último cable, fue de ayer por la tarde.

Un despacho de la agencia Reuters dice que: “La Unión Europea presiona a China para que cumpla las sanciones a Irán.”

Porque además del acuerdo famoso del 9 de junio, el número 1929, estableciendo las sanciones que mencioné, estas potencias satelitales europeas y de otras partes, impusieron sanciones adicionales para estrangular al país y, en este caso, se estaban quejando con relación a China, también con relación a Rusia sobre lo que harán, pero decía así:

“La responsable de política exterior de la Unión Europea Catherine Ashton, dijo el jueves que ha presionado a China para que se asegure que las empresas chinas no ocupen el lugar dejado por las otras compañías que han abandonado Irán a causa de las sanciones…” No dice cuáles sanciones, si las del Consejo o las de ellos, se debe estar refiriendo a todas, por supuesto.

Cualquier persona honesta puede comprender la complejidad del gravísimo problema que hoy amenaza al mundo.

Compañeros estudiantes universitarios, como en otros tiempos, al parecer lejanos y que a mí me parece fue ayer, les agradezco la presencia y el apoyo moral que ustedes le están ofreciendo a esta lucha por la paz (Aplausos). Los exhorto a no dejar de batallar en esa dirección. En esta, como en muchas luchas del pasado, es posible vencer (Aplausos).

¡Que la vida humana se preserve! ¡Que los niños y los jóvenes disfruten de ella en un mundo de justicia! ¡Que los padres y los abuelos compartan con ellos el privilegio de vivir!

La distribución justa de las riquezas materiales y espirituales, que el hombre es capaz de crear por el fabuloso desarrollo de sus fuerzas productivas, es ya la única alternativa posible.

Muchas gracias.


Havana, 3 de Setembro de 2010, in: www.cubadebate.cu
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sábado, 14 de agosto de 2010

MUCHAS RAZONES A DEFENDER

Vários artistas cubanos prepararam este vídeo-clip para oferecerem a Fidel por ocasião do seu 84.º aniversário.




Son, lo digo yo

muchas razones a defender

difícil es el camino pero yo sigo con él.

Han sido más de cincuenta

los años que hemos tenido

la suerte de haber vivido

sin ser objetos de venta.

Consecuencia que sustenta

el rumbo que hemos tomado

que fue el camino trazado

desde el Moncada a La Sierra

sin dejar en pie de guerra

de estar sirviendo a tu lado.

Son, lo digo yo

muchas razones a defender

difícil es el camino pero yo sigo con él.

Han sido muchos los sueños

que trataron de quebrarte

pero tú has sabido alzarte

a golpe de fe y empeño.

Y a pesar de que el norteño

ha enfilado sus ballestas,

y hasta ha imaginado fiestas

preparando tu caída

hoy sin temor a la herida

vives con las botas puestas.

Son, lo digo yo

muchas razones a defender

difícil es el camino pero yo sigo con él.



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AGRADECIMENTO DE GERARDO

O antiterrorista cubano Gerardo Hernández, preso nos Estados Unidos, agradeceu a todas as pessoas do mundo que condenaram o seu castigo durante 13 dias na solitária da prisão californiana de Victorville sem ter cometido qualquer acto de indisciplina.


Numa mensagem recebida hoje pela sua esposa, Adriana Pérez, através dos integrantes do Comité Internacional pela Liberdade dos Cinco, Gerardo expressa o seu profundo reconhecimento aos que defenderam a sua causa.


Já sabem que foram dias particularmente difíceis pelo excesso de calor e a falta de ar, mas vocês foram o meu oxigénio. Não encontro melhor maneira de resumir a enorme importância dos vossos esforços solidários”, afirma na mensagem.


“Muito obrigado a todos os companheiros e companheiras de Cuba e do mundo que uniram as suas vozes para condenar a minha situação. Às instituições, organizações e pessoas de boa vontade que, de uma maneira ou de outra, trataram de pôr fim à injustiça”, acrescenta.


Gerardo também agradece ao presidente Raúl Castro, "que tanto nos honra com o seu apoio", ao Parlamento cubano e ao seu titular, Ricardo Alarcón, "incansável lutador pela causa dos Cinco", e aos outros quatro antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos, René González, Ramón Labañino, Fernando González e Antonio Guerreiro.


Destaca que eles lhe fizeram chegar as suas mensagens de solidariedade quando têm sofrido e vivem debaixo do constante perigo de voltar a sofrer similares abusos.


E claro, ao nosso querido Comandante em Chefe: “Obrigada por tanta honra!, não sei se devo dizer, mas só pelo privilégio de escutar o meu nome na boca de Fidel Castro, dá-me desejos de agradecer também aos que me mandaram para a solitária”, expressa Gerardo.


Obrigada Comandante, pela alegria de escutá-lo e vê-lo tão grande como sempre!”, reintera o antiterrorista cubano, preso assim como René, Ramón, Fernando e Antonio no dia 12 de setembro de 1998.


Os Cinco, como são conhecidos a nível internacional, foram presos por monitorizar as acções de grupos anticubanos localizados na Flórida, no sul dos Estados Unidos.


Obrigado a todos por terem demonstrado uma vez mais o poder dessa solidariedade que sem dúvidas também, em algum dia, nos fará livres”, sublinha Gerardo antes de reafirmar que a “luta continua”.



segunda-feira, 26 de julho de 2010

26 DE JULHO

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Faz hoje precisamente 57 anos que um grupo de 165 jovens liderados por Fidel Castro atacou o Quartel Moncada, em Santiago de Cuba, dando início à luta armada que só viria a terminar em 1 de Janeiro de 1959 com o triunfo da Revolução.


Aqui fica o hino do Movimento com a letra original.


Marchando, vamos hacia un ideal
sabiendo que hemos de triunfar
en aras de paz y prosperidad
lucharemos todos por la libertad.

Adelante cubanos
que Cuba premiará nuestro heroísmo
pues somos soldados
que vamos a la Patria liberar
limpiando con fuego
que arrase con esta plaga infernal
de gobernantes indeseables
y de tiranos insaciables
que a Cuba
han hundido en el Mal.

La sangre que en Oriente se derramó
nosotros no debemos olvidar
por eso unidos hemos de estar
recordando a aquellos que muertos están.

La muerte es victoria y gloria que al fin
la historia por siempre recordará
la antorcha que airosa alumbrando va
nuestros ideales por la Libertad.

El pueblo de Cuba…
sumido en su dolor se siente herido
y se ha decidido…
hallar sin tregua una solución
que sirva de ejemplo
a ésos que no tienen compasión
y arriesgaremos decididos
por esa causa hasta la vida
¡que viva la Revolución!

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domingo, 11 de julho de 2010

VISITA DE FIDEL

Na passada quarta-feira dia 7 de Julho, o Comandante Fidel Castro efectuou uma visita surpresa ao Centro Nacional de Investigação Científica, onde esteve reunido com a sua direcção para se inteirar pessoalmente dos trabalhos em curso.

Este Centro, que sempre se revestiu da maior importância para Cuba, teve desde sempre por parte do Comandante uma atenção muito especial, pois dele têm saído grandes avanços científicos de reconhecido mérito nacional e internacional.

De acordo com os testemunhos de alguns trabalhadores que o esperavam à saída para o saudarem, ele encontra-se fisicamente mais magro mas muito bem mentalmente, tendo retribuído o carinho com beijos e abraços àqueles que conseguiram acercar-se dele.

Esta foi a primeira visita que o Comandante efectuou desde que adoeceu, esperando-se que volte a surpreender tudo e todos proximamente, pois Cuba continua a necessitar do seu estímulo e da sua presença física.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

ARRAIAL LATINO-AMERICANO

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Em homenagem às Festas e Tradições Populares, a Casa da América Latina realiza nos dias 19 e 20 de Junho um arraial na cidade de Lisboa em que apresenta as culturas dos países latino-americanos: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Rep. Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Nesta festa intercultural, que decorrerá no Largo José Figueiredo na rua das Janelas Verdes, os lisboetas poderão experimentar ritmos, objectos e sabores da América Latina, através da sua música, dança, artesanato e gastronomia com doces, salgados, artesanato, bebidas típicas e muita animação, incluindo exibições de dança e um tradicional baile em versão latina, em que todos dançarão aos mais variados ritmos: do forró à roda de casino, do tango à salsa ou do samba de gafieira ao merengue.

No sábado à tarde haverá aulas abertas de dança na Casa da América Latina, com entrada livre (no limite do espaço disponível): forro das 15h15 às 16h00, tango das 16h15 às 17h00 e salsa das 17h15 às 18h00.

O domingo chega com mais novidades, com apresentações diversas de cultura popular, com danças Afro-Cubanas às 17h00 e Roda de Abadá Capoeira às 17h30.
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Este programa está integrado no eixo “Outras Cenas” das Festas de Lisboa, uma programação alternativa, uma outra experiência de cidade.

A Associação Portuguesa José Marti foi convidada para o evento e em colaboração com a Embaixada de Cuba terá a responsabilidade pelo pavilhão atribuído, convidando-se assim todos os associados e amigos a que participem neste arraial.
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terça-feira, 1 de junho de 2010

O IMPÉRIO E A DROGA


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Quando fui preso no México pela Polícia Federal de Segurança, que por azar considerou suspeitos alguns dos nossos movimentos, apesar de serem feitos com muito cuidado para evitar o golpe da mão assassina de Baptista – igual ao que fez Machado no México quando no dia 10 de Janeiro de 1929 os seus agentes assassinaram Julio Antonio Mella – imaginaram que se tratava de uma das organizações de contrabandistas que actuavam ilegalmente na fronteira desse país pobre nas suas trocas comerciais com a poderosa potência vizinha, industrializada e rica.


No México praticamente nem existia o problema da droga que se desenvolveu mais tarde de forma esmagadora com a sua enorme carga de danos não só nesse país, mas também no resto do continente.


Os países da América Central e do Sul investem muita energia na luta contra a invasão da cultura da folha da coca, dedicada à produção de cocaína, uma substância que é obtida através de componentes químicos muito agressivos e que resulta tão daninha tanto para a saúde como para a mente humana.


Os governos revolucionários como os da República Bolivariana da Venezuela e da Bolívia põem especialmente todo seu empenho em travar o seu avanço, como o fez oportunamente Cuba.


Evo Morales já tinha proclamado o direito de seu povo a consumir chá de coca, uma excelente infusão tradicional da cultura milenar aimara-quíchua. Proibir-lhes isso é como dizer aos ingleses que não consumam chá, costume sadio importado pelo Reino Unido da Ásia, conquistada e colonizada por ele durante centenas de anos.


“Coca não é cocaína”, foi o lema de Evo.


Chamo a atenção que o ópio, substância que é extraída da papoula, o mesmo que a morfina, fruto da conquista e do colonialismo estrangeiro em países como o Afeganistão, e que faz muitíssimo dano quando consumido de maneira directa, fosse utilizado pelos colonialistas ingleses como moeda que outro país de cultura milenar, como a China, devia aceitar obrigatoriamente como forma de pagamento pelos sofisticados produtos que a Europa recebia da China e que até essa altura pagava com moedas de prata. Costuma colocar-se como exemplo daquela injustiça nas primeiras décadas do século XIX que “um operário chinês que virava dependente gastava dois terços de seu salário em ópio e deixava a sua família na miséria”.


Em 1839 o ópio já estava ao alcance dos operários e camponeses chineses. A Rainha Vitória I, do Reino Unido, impôs nesse mesmo ano a Primeira Guerra do Ópio.


Comerciantes ingleses e norte-americanos apoiados fortemente pela Coroa inglesa, viram a possibilidade de importantes intercâmbios e a obtenção de lucros. Nessa altura muitas das grandes fortunas dos Estados Unidos da América foram o fruto daquele narcotráfico.


É necessário pedir à grande potência que conta com o apoio de mil bases militares e sete frotas acompanhadas de porta-aviões nucleares e milhares de aviões de combate com as quais oprime o mundo, que nos explique como conseguirá resolver o problema das drogas.


Fidel Castro Ruz



quarta-feira, 19 de maio de 2010

A TRANSCENDÊNCIA HISTÓRICA DA MORTE DE MARTÍ


Deixando de lado os problemas que hoje afligem a espécie humana, a nossa Pátria teve o privilégio de ser berço de um dos mais extraordinários pensadores deste hemisfério: José Martí.

Hoje, 19 de Maio, comemora-se o 115º Aniversário de sua gloriosa morte.

Não seria possível avaliar a magnitude da sua grandeza sem ter em conta que aqueles com os quais escreveu o drama da sua vida também foram figuras tão extraordinárias como Antonio Maceo, símbolo perene da firmeza revolucionária, protagonista do Protesto de Baraguá, e Máximo Gómez, internacionalista dominicano, mestre dos combatentes cubanos nas duas guerras pela independência nas quais participaram. A Revolução Cubana, que durante mais de meio século tem resistido os embates do império mais poderoso que tem existido, foi fruto dos ensinamentos daqueles predecessores.

Apesar da ausência de quatro páginas do diário de Martí nos materiais ao alcance dos historiadores, o que consta daquele diário pessoal escrito minuciosamente e de outros documentos seus daqueles dias, é mais do que suficiente para conhecer os detalhes do acontecido. Mesmo como nas tragédias gregas, foi uma discrepância entre gigantes.

Nas vésperas da sua morte em combate escreveu ao seu amigo próximo Manuel Mercado:
“Já corro todos os dias o perigo de dar minha vida pelo meu país e por meu dever — visto que o entendo e tenho ânimos com que realizá-lo — de impedir a tempo com a independência de Cuba que os Estados Unidos da América se estendam pelas Antilhas e caiam com essa grande força, sobre nossas terras da América. Tudo o que fiz até hoje, e farei, é para isso. Em silêncio teve que ser e como indirectamente, porque existem coisas que para consegui-las têm que andar ocultas, e de proclamarem-se no que são, colocariam dificuldades duras demais para alcançar sobre elas o fim.”

Quando Martí escreveu estas palavras lapidares, Marx já tinha escrito O Manifesto Comunista em 1848, isto é, 47 anos antes da morte de Martí, e Darwin tinha publicado A origem das Espécies em 1859, para citar apenas as duas obras que, no meu entender, exerceram maior influência na história da humanidade.

Marx era um homem tão extraordinariamente desinteressado, que o seu trabalho científico mais importante, O Capital, talvez nunca tivesse sido publicado se Federico Engels não reunisse e ordenasse os materiais aos quais o seu autor consagrou toda a sua vida. Engels não só se ocupou dessa tarefa, como também foi autor de uma obra intitulada Introdução à Dialética da Natureza, onde já faz referência ao esgotamento da energia solar.

O homem ainda não conhecia como liberar a energia contida na matéria, descrita por Einstein na sua famosa fórmula, nem dispunha de computadores que pudessem realizar bilhões de operações por segundo, capazes de recepcionar e transmitir, ao mesmo tempo, os bilhões de reações por segundo que têm lugar nas células das dezenas de pares de cromossomos com que contribuem a mãe e o pai em partes iguais, um fenómeno genético e reprodutivo do qual eu tive noção após o triunfo da Revolução, na busca de melhores características para a produção de alimentos de origem animal nas condições do nosso clima, que se estende através de suas próprias leis hereditárias às plantas.

Com a educação incompleta que recebíamos os cidadãos de maiores recursos nas escolas, geralmente privadas, considerados os melhores centros de ensino, virávamos analfabetos, com um pouco de maior nível do que aqueles que não sabiam ler nem escrever ou daqueles que freqüentavam as escolas públicas.

Por outro lado, o primeiro país do mundo onde se tentou aplicar as idéias de Marx foi na Rússia, o menos industrializado dos países da Europa.

Lenine, criador da Terceira Internacional, considerava que no mundo não existia organização mais leal às idéias de Marx do que a facção Bolchevique do Partido Operário Social-democrata da Rússia. Embora boa parte daquele imenso país vivesse em condições semi-feudais, a sua classe operária era muito activa e sumamente combativa.

Nos livros que Lenine escreveu depois de 1915, foi incansável crítico do chauvinismo. Na sua obra O imperialismo, fase superior do capitalismo, escrita em Abril de 1917, meses antes da tomada do poder como líder da facção Bolchevique daquele Partido perante a facção Menchevique, demonstrou igualmente que foi o primeiro em compreender o papel que deviam desempenhar os países submetidos ao colonialismo, como a China e outros de grande peso em diversas regiões do mundo.

Ao mesmo tempo, a valentia e audácia de Lenine ficaram demonstradas quando aceitou deslocar-se desde a Suíça até às imediações de Petrogrado no comboio blindado que lhe proporcionou o exército alemão, por conveniência tática, pelo que os inimigos dentro e fora da facção Menchevique do Partido Operário Social-democrata da Rússia não demoraram em acusá-lo de espião alemão. Se não tivesse usado o famoso comboio, o final da guerra o surpreenderia na longínqua e neutral Suíça, com o qual o minuto óptimo e adequado se perderia.

De alguma maneira, por acaso, dois filhos da Espanha, graças às suas qualidades pessoais, começaram a desempenhar papéis relevantes na Guerra Hispano-Norte-americana: o chefe das tropas espanholas na fortificação de El Viso, que defendia o acesso a Santiago desde a altura de El Caney, um oficial que combateu até ser ferido de morte, causando aos famosos Rough Riders — ginetes duros, norte-americanos organizados pelo nessa altura Tenente-Coronel Theodore Roosevelt, que o precipitado desembarque tiveram que fazê-lo sem os seus fogosos cavalos — mais de trezentas baixas, e o Almirante que, cumprindo a estúpida ordem do Governo espanhol, zarpou da baia de Santiago de Cuba com a infantaria de marinha, uma força selecta, e saiu com a esquadra da única forma possível, que foi desfilar com cada navio, um por um, saindo pelo estreito acesso em frente da poderosa frota ianque, que com os seus couraçados em linha disparavam os seus potentes canhões sobre os navios espanhóis os quais possuíam menor velocidade e blindagem.

Logicamente, os navios espanhóis, as suas dotações de combate e a infantaria de marinha foram afundados nas profundas águas da fossa de Bartlett. Apenas um conseguiu chegar a poucos metros da margem do abismo. Os sobreviventes daquela força foram presos pela esquadra dos Estados Unidos da América.

A conduta de Martinez Campos foi arrogante e vingativa. Cheio de rancor pelo seu fracasso na tentativa de pacificar a Ilha como em 1871, apoiou a política ruim e rancorosa do Governo espanhol. Foi substituído no comando de Cuba por Valeriano Weyler; ele, com a cooperação dos que enviaram o couraçado Maine na busca de justificativas para intervir em Cuba, decretou a concentração da população, que provocou enorme sofrimento ao povo de Cuba e serviu de pretexto aos Estados Unidos da América para estabelecer o seu primeiro bloqueio económico, provocando uma enorme escassez de alimentos e a morte de um sem-número de pessoas.

Dessa maneira foram viabilizadas as negociações de Paris, onde a Espanha renunciou a todo o direito de soberania e propriedade sobre Cuba, depois de mais de 400 anos de ocupação em nome do Rei da Espanha em meados de Outubro de 1492, depois de Cristóvão Colombo ter asseverado: “esta é a terra mais bela que os olhos humanos viram”.

A versão mais conhecida da batalha que decidiu a sorte de Santiago de Cuba é a espanhola, e sem dúvida houve heroísmo se são analisados o número e as patentes dos oficiais e soldados, que na mais desvantajosa das situações defenderam a cidade, fazendo honra à tradição de luta dos espanhóis, que defenderam o seu país contra os aguerridos soldados de Napoleão Bonaparte em 1808, ou a República espanhola contra a investida nazi-fascista em 1936.

Uma ignomínia adicional caiu sobre o comité norueguês que outorga os prêmios Nobel, na busca de pretextos ridículos para conceder essa honra, em 1906, a Theodore Roosevelt, eleito duas vezes Presidente dos Estados Unidos da América, em 1901 e 1905. Nem sequer foi esclarecida a sua verdadeira participação nos combates de Santiago de Cuba comandando os Rough Riders, e pôde existir muito de lenda na publicidade que recebeu posteriormente.

Eu só posso dar testemunho da forma em que a heróica cidade caiu nas mãos das forças do Exército Rebelde no Primeiro de Janeiro de 1959.

Foi então que as idéias de Martí triunfaram na nossa Pátria!

Fidel Castro Ruz

sábado, 1 de maio de 2010

PALAVRAS PARA QUÊ?

Mais um 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, em que maciçamente o povo cubano encheu praças e avenidas em todo o país, numa clara demonstração do seu apoio ao governo, ao sistema social e à Revolução.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A "APJM" NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA


A Associação Portuguesa José Marti foi recebida no passado dia 20 de Abril na Assembleia da República pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, nomeadamente pela sua Vice-Presidente Deputada Maria de Belém Roseira e pelo Coordenador da Comissão dos Negócios Estrangeiros Deputado Paulo Pisco, na sequência do pedido de audiência que a Associação havia solicitado a todos os Grupos Parlamentares por ocasião da campanha mediática contra Cuba e na eminência da aprovação das moções de condenação, as quais vieram a ocorrer no dia 12 de Março.


Entre os vários assuntos tratados, foi abordada a actual situação de Cuba, a campanha mediática e política que se mantém em curso, o amplo movimento de solidariedade e o reconhecimento com que Cuba conta em Portugal, a política agressiva dos sucessivos governos dos Estados Unidos da América, especialmente o bloqueio económico e financeiro que já dura há quase cinquenta anos, o papel da Europa, a falsidade e as calúnias que se repetem em relação aos supostos “presos políticos e de consciência” – em particular o “caso Zapata” que constituiu o pretexto para desencadear a actual campanha – assim como as posições do governo e do povo cubano como resposta a tudo isto.


A Associação salientou a importância de que as instituições governamentais e o parlamento tenham em consideração estes elementos, incluindo especialmente a existência de organizações solidárias e de diverso perfil que existem na sociedade portuguesa, na hora em que tenham de tomar qualquer posição em relação a Cuba.


Igualmente destacou a Associação as inúmeras mostras de apoio à Revolução Cubana que têm lugar em todo o mundo, que só não são noticiadas pelo boicote existente, ficando esta de manter informados os Deputados sobre todos os assuntos relacionados com Cuba, para um melhor conhecimento das realidades e ampliação das relações entre os dois povos e governos.


Os Deputados salientaram as excelentes relações que Portugal tem com Cuba, reconhecendo o esforço que o governo cubano vem fazendo para melhorar muitos dos aspectos políticos e sociais, tendo em consideração as inúmeras dificuldades com que se tem deparado no contexto internacional.


À saída da reunião a Agência Lusa colheu um depoimento da Associação sobre o teor do encontro, tendo sido feito um resumo do mesmo e enaltecido o sentido positivo e cordial com que a Associação foi recebida.



quinta-feira, 15 de abril de 2010

EM DEFESA DE CUBA

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A propósito da Resolução de 11 de Março do Parlamento Europeu sobre Cuba, os intelectuais, académicos, lutadores sociais, pensadores críticos e artistas da Rede “Em Defesa da Humanidade”, manifestamos:

1. Que partilhamos a sensibilidade mostrada pelos parlamentares europeus acerca dos prisioneiros políticos. Como eles, pronunciamo-nos pela imediata e incondicional libertação de todos os presos políticos, em todos os países do Mundo, incluindo os da União Europeia.

2. Que lamentamos profundamente, tal como eles, o falecimento do preso comum Orlando Zapata, porém, não admitimos que a sua morte, primeira “…em quase quarenta anos” de acordo com o próprio Parlamento, seja deturpada com fins políticos muito distintos e contrários aos da defesa dos direitos humanos.

3. Que instar "…as instituições europeias, dêem o seu apoio incondicional e alento sem reservas ao início de um processo pacífico de transição política para uma democracia multipartidária em Cuba", não é apenas um acto de interferência, que nós reprovamos em virtude do nosso compromisso com os princípios da não intervenção e autodeterminação dos povos - defendidos também pela ONU - e contra a colonização, mas que pressupõe um modelo único de democracia que, por certo, cada vez se mostra mais insuficiente e questionável. A procura e o aprofundamento da democracia supõe, entre outras coisas, transcender os seus níveis formais e inventar novas formas autenticamente representativas, que não necessariamente limitadas ao pluripartidarismo que, como bem se sabe, encobre frequentemente o facto de que as decisões sobre os grandes problemas mundiais são tomados unilateralmente por pequenos grupos de interesses, com enorme poder, sobre os regimes partidários.

4. Que pretender justificar uma intromissão nos assuntos políticos internos do povo cubano, manipulando mediaticamente o caso de Orlando Zapata - delinquente comum e de maneira nenhuma preso político - coincide com as políticas que estão sendo aplicadas na América Latina, para deter e distorcer os processos de transformação e emancipação que estão em curso e se soma ao criminoso bloqueio a que tem sido submetido o povo cubano, só pelo simples facto de não aceitar imposições e defender o seu direito a decidir o seu destino com dignidade e independência.

5. Que partilhamos as preocupações manifestadas por parlamentares no respeito pelos direitos humanos em Cuba, mas que seja extensivo a todos os países do Mundo. Assim como se preocupam com o criminoso que morreu (em quarenta anos que não há história semelhante) também convidamos a exigir pôr um fim à ocupação de Gaza e da perseguição ao povo palestiniano, que tem causado milhares de mortes; o fim da ocupação do Iraque e no Afeganistão semeando a morte e o terror nas aldeias e cidades; os bombardeamentos nesses lugares com o argumento de defender a democracia); o fim da dupla ocupação do Haiti; o encerramento da prisão de Guantanamo e a entrega desse mesmo território ao seu legítimo dono que é Cuba; a devolução das Ilhas Malvinas à Argentina; e, por conseguinte, o fim de um bloqueio que viola os direitos humanos do povo cubano, o qual pode pôr em dúvida a qualidade moral de quem exige tratamento humano para um criminoso, quando se o nega ao povo cubano por inteiro.
O assédio económico e mediático a que está sendo submetida Cuba, mesmo antes da morte do prisioneiro comum Orlando Zapata, constitui um atentado contra os direitos humanos e políticos de um povo que decidiu criar um caminho diferente.
Exigimos respeito aos processos internos do Povo Cubano para definir e exercer a sua democracia, consequentemente com os princípios universais da não intervenção, acordados pelas Nações Unidas.



Para manifestar o seu apoio a este Manifesto "EM DEFESA DE CUBA", pode fazê-lo em nome pessoal ou de uma organização em:



www.porcuba.org