sexta-feira, 26 de julho de 2013

Em 26 de Julho de 1953, ou seja, faz exactamente hoje 60 anos, que um grupo de jovens comandados por Fidel Castro se lançou no assalto ao Quartel “Moncada” em Santiago de Cuba e ao Quartel “Carlos Manuel de Céspedes” em Bayamo, marcando assim o início da luta armada para a libertação do povo e para uma verdadeira independência nacional, face a uma oligarquia no poder que estava conluiada com os seus “padrinhos” americanos que exploravam os principais recursos naturais e a generalidade dos sectores económicos de Cuba.

Embora a escravatura tivesse sido oficialmente abolida em 1886, até ao triunfo da Revolução ela apenas deixou de ter um carácter legal, porque na prática era como se ainda existisse, já que os direitos dos cidadãos, independentemente da sua raça, eram completamente subvertidos, de acordo com os superiores interesses dos senhores feudais para quem trabalhavam.

Naquela época, em Cuba, existiam diversos partidos políticos que “democraticamente” travavam as suas lutas internas por ambições pessoais e pela conquista do poder, enganando o povo com promessas e ilusões, enquanto Fulgêncio Batista, após um traiçoeiro golpe militar em 1952, fingia que governava no intervalo das sumptuosas festas que organizava ou para que era convidado pela elite de Havana ou de Miami.

E é neste clima que se começa a formar um movimento com a tarefa de recrutar e organizar os jovens descontentes com a situação do país, treinando-os para as acções que se seguiriam, quer a nível social e intelectual, quer a nível militar, daí saindo os combatentes daquele 26 de Julho que viria a saldar-se no selvagem e cruel assassinato da sua maioria e na prisão dos demais, entre eles Fidel e Raul, que acabaram por cumprir pena no presídio da Ilha da Juventude até serem amnistiados por Batista, que se viu pressionado pelas forças populares que exigiam a sua libertação.

Antes desta acção e prevendo o futuro como sempre o faz, o líder máximo da Revolução disse aos seus companheiros: “poderemos vencer ou ser vencidos, mas de todas as maneiras o movimento triunfará e o nosso gesto servirá de exemplo para todo o povo”.

Mas o que teria sido a história recente de Cuba se não tivesse existido aquela fatídica, mas gloriosa acção? Certamente muito diferente, pois ela constituiu o rastilho para a mobilização popular que não mais parou de aumentar, com a esperança de que a liberdade estaria próxima, já que a força moral venceria a tirania escudada na força militar, tal como o havia preconizado José Marti, autor intelectual do 26 de Julho e da Revolução Cubana.

O Dia Nacional da Rebeldia Cubana é comemorado em todo o país, mas tem sempre o seu especial significado junto aos imponentes muros que esconderam o terror e o crime naquela época e que protegem hoje as esperanças e os sonhos das crianças que frequentam o primeiro quartel militar convertido em escola ao serviço da comunidade.

(Celino Cunha Vieira)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

sexta-feira, 12 de julho de 2013