quinta-feira, 26 de novembro de 2015


TUBARÕES AMESTRADOS

Uma das últimas invenções de alguns iluminados de Miami difundida por uma rádio local, é que Cuba estava a treinar esfomeados tubarões para atacarem os desprevenidos banhistas das praias da Florida, depois de terem sido ensinados num centro construído para o efeito por técnicos cubanos especialistas em assuntos marinhos, situado a sul da província de Havana.

Se isto não fosse tão ridículo, levar-me-ia a imaginar outras opções para incomodar os pacíficos habitantes ou visitantes daquele Estado ao sul dos EUA, deixando aqui algumas ideias, que a serem aproveitadas, não cobro os merecidos direitos de autor.

Já que é tão fácil treinar tubarões, poder-se-ia promover um espectáculo frente ao Malecón Habanero em conjunto com alguns golfinhos trazidos do Aquário Nacional, antes dos escualidos assassinos rumarem ao norte, porque nunca se sabe se eles regressam ou se aproveitam a Lei de Ajuste Cubano e são recebidos com pompa e circunstância pelas autoridades locais, integrando-os na sociedade americana.

Imagino também como se poderia ampliar o criadeiro de crocodilos em Guamá, acelerando a sua reprodução para depois os treinar e enviar conjuntamente com os tubarões. Já agora e porque bem perto se situa a Playa Girón, que tal aproveitar os milhares de caranguejos que ao final da tarde cruzam aquelas estradas, constituindo um potente exército de tenazes bem afiadas?

E as lagostas? Alguém pode imaginar o que seria elas chegarem sorrateiramente às praias de Miami e morderem alguma parte mais sensível dos pobres banhistas?

E como em Cuba existem muitos lagos e lagoas naturais, também se poderiam importar algumas piranhas do Amazonas para que engrossassem a expedição que já contempla neste momento tubarões, crocodilos, caranguejos e lagostas.

Imagino também como pode ser possível treinar mosquitos (melgas), principalmente aqueles que não me deixam em paz quando vou a Cuba, deslocando-se lá mais para norte para espetar o seu ferrão (a que sou alérgico) aos iluminados que através da comunicação social utilizam todo o tipo de mentiras para denegrirem a Revolução e o Estado Cubano.

Que se cuidem os donos das industrias de armamento. Ou começam a criar estas espécies e a contratar treinadores, ou o seu futuro será negro e de falência, já que os combates passarão a ser diferentes e só ganharão aqueles que melhor “performance” apresentarem.

Realmente é preciso ter muita imaginação para se lembrarem dos coitados dos tubarões, como se não lhes chegassem os outros tubarões que não se alimentam de carne humana mas sim da exploração dos emigrantes cubanos que chegam a Miami e têm de aceitar qualquer tipo trabalho para poderem sobreviver, ao contrário daquilo que imaginavam e do que lhes foi incutido pela propaganda mafiosa aí bem instalada e a enriquecer dia após dia à custa dos novos métodos de escravidão.

(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)



quinta-feira, 19 de novembro de 2015


EMIGRANTES RETIDOS

Nos últimos dias surgiu uma situação melindrosa, quando mais de mil cidadãos cubanos foram chegando à Costa Rica a partir de outros países da região, em especial do Equador, com a intenção de chegarem aos Estados Unidos da América e foram barrados na fronteira com a Nicarágua que não permite a sua passagem por este país.


Estas pessoas saíram de Cuba legalmente cumprindo todos os requisitos estabelecidos pelos regulamentos migratórios cubanos e tornaram-se vítimas de traficantes e de organizações criminosas que sem um mínimo de escrúpulos controlam a sua passagem pelos vários países, extorquindo-lhes o pouco que têm e lucrando com o desespero de quem ingenuamente acreditou em facilidades.

As autoridades cubanas têm mantido o contacto constante com os governos dos países envolvidos, com o objectivo de encontrar uma solução rápida e adequada, que tenha em consideração o bem-estar destes cidadãos.

Através de comunicado, o Ministério de Relações Exteriores de Cuba enfatiza que estas pessoas são vítimas da politização da questão da emigração por parte do Governo dos Estados Unidos com a Lei de Ajuste Cubano e, em particular, a aplicação da chamada política de "pés secos - pés molhados” a qual confere aos cubanos um tratamento diferenciado e único em todo o mundo, ao admiti-los de forma imediata e automática, sem importar as vias e meios utilizados, principalmente se chegarem por meios ilegais ao seu território.

Esta política tem estimulado a emigração ilegal de Cuba para os Estados Unidos e constitui uma violação da letra e do espírito dos acordos migratórios vigentes, em que ambos os países assumiram a obrigação de garantir uma migração legal, segura e ordenada.

Estes emigrantes, que se sacrificaram ao ponto de terem de fazer milhares de quilómetros atravessando vários países, acreditam que a Lei de Ajuste Cubano tem os dias contados e por isso querem chegar aos EUA antes que se acabem os privilégios e passem a ser tratados como quaisquer outros que cheguem indocumentados.

O comunicado afirma ainda que o Governo dos EUA continua a manter em vigor o chamado "Programa especial para profissionais médicos cubanos" aprovado em 2006 pelo presidente George W. Bush, com a finalidade de incentivar os médicos e outros profissionais cubanos de saúde a abandonarem as suas missões oficiais para emigrarem para os Estados Unidos.

Esta é uma prática condenável que visa prejudicar os programas de cooperação de Cuba com outros países, privando-os dos recursos humanos de que tanto necessitam, numa acção incompatível com o actual contexto de conversações bilaterais, impedindo a normalização das relações migratórias entre Cuba e os EUA, assim como com outros países da região.

Todos estes cidadãos que livremente abandonaram o país legalmente, podem a todo o momento também livremente regressar, se assim o desejarem, pois como disse Marti, a Pátria pertence a todos.


(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)