quinta-feira, 12 de agosto de 2021

 

13 DE AGOSTO – ANIVERSÁRIO DE FIDEL

Por ocasião do 90.º aniversário do Comandante-em-Chefe Fidel Castro, não tive oportunidade de escrever e de lhe endereçar as minhas felicitações, mas hoje, passados cinco anos em que ele continua bem vivo nos nossos corações, não posso deixar de manifestar a eterna saudade (que lo estrañamos), sentimento esse repartido pelos milhões dos seus admiradores não só em Cuba, como também espalhados por todo o mundo.

Diz-se que não existem insubstituíveis, mas existem pessoas de tão elevado valor que nos fazem muita falta, como um pai ou uma mãe, deixando-nos orfãos e com falta de rumo para a vida, com um futuro incerto e sem destino traçado. Fidel é igual a Fidel e mesmo que queiramos fazer comparações, não encontramos quem se possa assemelhar e ele, dando toda a sua vida na defesa intransigente dos princípios Martianos, à sua dedicação à causa pública e social, à soberania e independência nacional e à Revolução que sempre necessita ser melhorada e aperfeiçoada, porque nunca está acabada, tal como ele sempre afirmou.

E a melhor homenagem que se pode fazer a Fidel é seguir os seus ensinamentos, sem desvios de qualquer espécie, compreendendo as dificuldades que a cada momento o país atravessa, ajudando a superá-las e não a agravar ainda mais os problemas que surgem do exterior com o objectivo de desestabilizar a Nação Cubana.

Hoje, mais do que nunca, é preciso que haja unidade para ultrapassar uma pandemia que afecta a saúde e toda a economia do país, como se já não bastasse o criminoso bloqueio comercial, económico e financeiro por parte dos EEUU. E se como alguns afirmam que este bloqueio em nada prejudica Cuba, então que se acabe com ele de uma vez por todas, deixando que sejam os cubanos a decidirem dos seus destinos.

As novas gerações saberão dar continuidade ao que se iniciou mesmo antes de Moncada em 1953 e com o Movimento 26 de Julho, porque o seu patriotismo há-de estar acima de outros interesses, estando preparados para assumirem as responsabilidades que o futuro lhes reservará.

Viva Fidel, que sempre será um exemplo e estará sempre no nosso pensamento.


(Celino Cunha Vieira – Cubainformación)


sexta-feira, 23 de julho de 2021

 

DIA NACIONAL DE CUBA


Cumpre-se no próximo dia 26 de Julho o 68.º aniversário sobre os assaltos ao Quartel Moncada em Santiago de Cuba e ao Quartel Carlos Manuel de Céspedes em Bayamo, sendo este o Dia da Rebeldia Cubana, homenageando-se assim aqueles que sobreviveram e os que deram a vida para que acabasse a ingerência estrangeira e a exploração de todo um povo oprimido e sem qualquer direito a poder escolher os seus destinos.


Hoje, quando todos deveriam estar unidos para poderem combater a pandemia e ultrapassar as dificuldades agravadas pelo criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro unilateralmente imposto pelos Estados Unidos da América, assiste-se infelizmente à incompreensão de alguns que se deixam manipular por uma feroz campanha mediática que cobardemente aproveita sempre as situações de maior fragilidade em Cuba para formar e financiar agitadores no plano interno e externo, com vista a denegrir o prestígio das autoridades legítima e democraticamente sufragadas por quase a totalidade daqueles que estão no pleno gozo dos seus direitos, ou seja, por mais de 85% dos eleitores. Quem não conhece, que se dê ao trabalho de consultar a última versão da “Ley Electoral” aprovada em 13 de Julho de 2019, para poder ajuizar sobre a sua justiça e democraticidade.


É verdade que não se pode negar que existem muitas dificuldades agravadas pelo bloqueio e pela pandemia, ressalvando-se ainda que Cuba não tem, por exemplo, ajudas financeiras a fundo perdido da Comunidade Europeia ou de qualquer outra organização como tem Portugal, não pode contar com as receitas geradas pelo turismo pelos motivos conhecidos e por conseguinte, pela falta de divisas que lhe permitam fazer face a importações que têm de ser pagas na hora.


A maioria da comunicação social internacional bem tem aproveitado as falsas notícias, não se dando ao trabalho de comprovar a sua veracidade, omitindo as notícias verdadeiras para assim criar na opinião pública a sensação de que existe um grande movimento de contestação.


Todos têm direito a uma opinião, que não tem forçosamente de ser unânime, até porque onde há dois cubanos existem dois pontos de vista diferentes, mas não se pode admitir é que façam o jogo daqueles que querem destruir uma Pátria com séculos de história e que o povo muitos sacrifícios teve de suportar para conquistar definitivamente a sua independência.


Até se pode aceitar que quem não conhece Cuba possa estar equivocado, mas não se pode negar os enormes prejuízos económicos que o bloqueio tem provocado ao longo dos 60 anos da sua existência, com um forte impacto negativo no dia-a-dia de toda a população. Os assuntos cubanos devem ser tratados pelos cubanos e quem estupidamente apela a qualquer tipo de intervenção estrangeira em Cuba, deveria sim era apelar ao fim do bloqueio – tal como o tem feito a quase unanimidade dos países na Assembleia-geral da Organização das Nações Unidas – e ajudar a reconstruir o País em paz, com espírito aberto e sentido revolucionário.


(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)






sexta-feira, 14 de maio de 2021


 

LIBERTAÇÃO

Passa exactamente a 15 de Maio, o 66.º aniversário sobre a libertação do Presídio Modelo na Isla de Pinos - actual Isla de la Juventud - de Fidel e dos restantes companheiros que sobreviveram aos assaltos do Quartel Moncada e do Quartel Carlos Manuel de Céspedes. Isto só foi possível graças a uma amnistia a que o governo de Baptista se viu obrigado a fazer pelas pressões a que foi sujeito a nível interno e até externo, já que os Moncadistas conquistaram um prestígio invejável pela coragem demonstrada e pelas razões políticas que lhes assistiam.

Todo o grupo esteve os quase 2 anos que aí passou isolado dos outros prisioneiros em instalações anexas aos blocos centrais onde se encontravam os detidos por crimes comuns. Há uns anos tive o privilégio de conhecer o local, parar e estremecer de emoção junto às camas que tinham sido ocupadas por Fidel, por Raul, por Ramiro, por Almeida e por todos os outros que aproveitaram esse tempo de clausura para se reorganizarem com vista a estabelecer o plano que viria a concretizar-se mais tarde na expedição e desembarque do iate Granma nas praias da costa sul da então província cubana do Oriente.

Logo nesse mesmo dia de liberdade, Fidel deu uma conferência de Imprensa e lançou um manifesto a todo o povo cubano onde expressava desde logo a intenção de continuar a luta de inspiração Martiana, dando desde aí o mote para a constituição organizada do futuro Movimento 26 de Julho, como símbolo e vanguarda da luta política e da luta armada com vista ao triunfo da Revolução.

Conhecendo-se hoje a história e tudo o que se passou a partir daí, só podemos cada vez mais admirar quem deu toda uma vida por um ideal com a entrega total a uma causa, deixando um legado às novas gerações, que seguindo o exemplo destes verdadeiros heróis, têm a obrigação de preservar e defender a soberania e independência nacional, não se deixando manipular por fantoches pagos e ao serviço de interesses obscuros.

Cuba apenas necessita que acabe de uma vez por todas o criminoso embargo comercial, financeiro e económico para que possa desenvolver todas as suas potencialidades, pois mesmo com todas as contrariedades tem conseguido resistir , apesar das grandes dificuldades que lhes são impostas pelos sucessivos governos dos EUA. Basta de bloqueio!

MR.BIDEN, PLEASE END THE EMBARGO ON CUBA.


(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)


quinta-feira, 22 de abril de 2021

 

ATENTADO HÁ 45 ANOS

Mais um ano se passou sobre a morte de Adriana Corcho e Efrén Monteagudo, vítimas do criminoso atentado perpetrado no dia 22 de Abril de 1976 contra a embaixada de Cuba em Lisboa, sendo mais uma vez homenageados e recordados com muita saudade por portugueses e cubanos residentes em Portugal.

Desde o triunfo da Revolução são incontáveis as acções terroristas sofridas quer em território Cubano quer em outras partes do mundo, executadas por mercenários ao serviço de movimentos subsidiadas pelos sucessivos governos dos Estados Unidos da América (EEUU) através de departamentos estatais mascarados de organismos humanitários.

É inadmissível que se queira avaliar o desenvolvimento de um país que sofre de um terrível bloqueio comercial, económico e financeiro desde há mais de 60 anos por parte do seu vizinho norte-americano, com claro desrespeito pela soberania e independência conquistada pelos seus heróis e mesmo depois da rejeição desse bloqueio pela quase unanimidade da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Independentemente do regime político que só ao povo cubano diz respeito e que tem maturidade e cultura suficiente para definir os seus destinos, muitos dos índices avaliados internacionalmente por reconhecidos organismos, Cuba está muito acima de alguns países considerados do primeiro mundo, levando-nos a pensar no que poderia ser se não tivesse o peso do injusto e criminoso bloqueio.

Espera-se que o Presidente Biden retome rapidamente as relações encetadas por Obama e que os dois países possam respeitar-se mutuamente e desenvolver uma cooperação que seja benéfica para ambas as partes, sem complexos ou reservas mentais de qualquer ordem.

Tal como Adriana e Efrén, muitos outros deram a vida por Cuba, merecendo a sua memória que tudo façamos para que o seu exemplo não tenha sido em vão, desejando um futuro promissor para todos aqueles que ao longo dos anos muitos sacrifícios têm suportado.

(Celino Cunha Vieira – Cubainformación)