FELIZ 2014
Desde a visita do Papa João Paulo II a Cuba em 1998 que as tradições
dos festejos natalícios tiveram um maior incremento, já que, não estando em
causa a religiosidade dos cubanos, este evento veio proporcionar um novo
despertar para a fé católica enchendo as igrejas para a Missa do Galo, a que se
segue a desejada ceia compartida com familiares e amigos.
Assim, desde o Natal até aos Reis vive-se em Cuba um clima de
permanente festa onde não pode faltar a rica gastronomia bem regada com cerveja
e rum, para além da doçaria típica da época, que faz as delícias de miúdos e
graúdos.
Não havendo o hábito do consumismo desenfreado, a troca de presentes
simbólicos faz-se apenas em Janeiro, tal como em Espanha e por influência da
sua colonização, dando-se muito mais importância à confraternização e às provas
de verdadeira amizade entre as pessoas que se estimam e com quem se convive
durante o ano inteiro.
Mas a grande festa popular é feita na noite de 31 de Dezembro para o
dia 1 de Janeiro, não só para dar as boas-vindas ao novo ano, como também para
comemorar a data que simboliza o triunfo da Revolução que veio devolver aos
cubanos a sua soberania e independência.
Após a vitória de Exército de Libertação sobre o último reduto da
resistência estatal, a população saiu às ruas no 1.º de Janeiro de 1959,
contribuindo dessa maneira para definitivamente pôr fim a um regime marcado
pela opressão, pela miséria, pela exclusão social e pela exploração de um povo
sem direitos nem futuro.
Desde aí para cá e durante 55 anos a Revolução não parou e mesmo com
alguns erros de trajectória e sendo alvo dos mais ferozes e desumanos ataques
que alguma vez um país sofreu, continua a aperfeiçoar-se e a contribuir para um
mundo melhor e mais pacífico.
Citando Fidel, “Revolução é o sentido do momento histórico; é mudar
tudo o que deve ser mudado; é igualdade e liberdade plena; é ser tratado e
tratar os outros como seres humanos; é emancipar-nos a nós mesmos com os nossos
próprios esforços; é desafiar as forças poderosas dominantes dentro e fora do
âmbito social e nacional; é defender os valores em que se acredita ao preço de
qualquer sacrifício; é abnegação, modéstia, altruísmo, solidariedade e
heroísmo; é lutar com audácia, inteligência e realismo; é nunca mentir ou
violar os princípios éticos; é uma profunda convicção de que não há força no
mundo capaz de esmagar a força da verdade e das ideias”.
Esperemos que 2014 traga a libertação definitiva e incondicional dos 4
Heróis Cubanos presos injustamente nos EE.UU. por combaterem o terrorismo, que
termine o obsoleto bloqueio económico, comercial e financeiro que não tendo
razão de existir prejudica fundamentalmente pessoas inocentes, e que a
Revolução continue a fazer o que tem de ser feito para o desenvolvimento do
país e bem-estar de todo um povo digno, heróico e solidário.