No final os presentes aprovaram uma Moção que já foi enviada ao principal destinatário e ao Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.
MOÇÃO
Considerando que a Revolução Cubana e a sua resistência às contrariedades tem sido um exemplo pela sua independência, justiça social e construção de um projecto de futuro com um alto sentido humanista e de solidariedade para com os outros povos;
Considerando que o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos sucessivos governos dos Estados Unidos da América desde há mais de 50 anos, sendo o mais prolongado, injusto e cruel que se conhece em toda a história da humanidade, constitui uma verdadeira guerra económica que se pode qualificar como genocídio, tendo como objectivo fundamental a destruição da ordem constitucional de Cuba;
Considerando que o bloqueio viola o direito inalienável do povo cubano à sua autodeterminação, independência e soberania, adoptando o sistema económico, político e social que mais convenha aos seus interesses, como está referenciado na Carta das Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos principais Regulamentos Internacionais que regem as relações entre as nações;
Considerando que o prejuízo económico directo causado ao longo de 50 anos ao povo cubano pela aplicação do bloqueio ultrapassa os 750 mil milhões de dólares, não estando contabilizados outros danos, como os sociais, os de sabotagem e os de acções terroristas estimuladas, organizadas e financiadas desde os EUA;
Considerando que sem este bloqueio os recursos financeiros de Cuba seriam maiores e poderiam ser aplicados em projectos de desenvolvimento sustentável, económico e social em prol dos seus cidadãos;
Os participantes no debate organizado pela Associação Portuguesa José Marti, reunidos no dia 22 de Outubro de 2010 no Seixal, Portugal, exortam o Presidente dos Estados Unidos da América a que no uso das suas amplas prerrogativas ponha fim ao bloqueio económico, comercial e financeiro contra Cuba, dando assim cumprimento às sucessivas deliberações da Assembleia Geral das Nações Unidas.
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ÚLTIMA HORA - CATEGÓRICO APOIO A CUBA
Tal como já era esperado, 187 países aprovaram hoje, 26 de Outubro, na Assembleia Geral das Nações Unidas a Resolução que condena o bloqueio dos EUA contra Cuba, abstendo-se as Ilhas Marshall, a Micronésia e Palau, com os votos contra dos EUA e Israel.
De destacar que este ano Palau não alinhou com o império, pelo que esta votação é a mais favorável a Cuba desde há 19 anos.
Na ocasião, o Embaixador da Bolívia Pablo Solón, afirmou:
“… quase 50 anos depois da instauração deste bloqueio, esse cerco desumano, longe de ter isolado a pequena ilha e o seu heróico povo, despertou a maior solidariedade internacional”.
“… a resolução que hoje adoptámos é o reconhecimento à dignidade, à firmeza e à resistência de um povo que frente à adversidade não dobrou os joelhos”.
“… o maior êxito deste bloqueio a Cuba foi isolar os EUA, tal como o constatamos hoje aqui na Assembleia Geral das Nações Unidas.”
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