terça-feira, 29 de novembro de 2016


SOMOS FIDELISTAS

Há muito que a notícia era esperada porque a lei da vida assim o impõe, mas nunca se está suficientemente preparado para a receber, seja de um familiar próximo, seja de uma figura como Fidel Castro.


Por ironia do destino, no mesmo dia 25 de Novembro mas de há 60 anos, Fidel iniciava a viagem a bordo do iate Granma desde o rio Tuxpan no México, com destino a Cuba para liderar a luta revolucionária de libertação do seu povo que era explorado e oprimido por um regime subjugado ao império norte-americano.

Escrever hoje sobre Fidel não é fácil, quando os sentimentos e a emoção nos traem e não conseguimos encontrar as palavras certas para o muito que nos apetece dizer deste excepcional homem que dedicou toda a sua vida à causa pública, transformando o seu país num baluarte e exemplo para todos os povos oprimidos e o grande impulsionador para a união dos povos da América-latina.

Em 1976 e perante a Assembleia-geral da ONU, Fidel afirmou: “Basta já da ilusão de que os problemas do mundo se podem resolver com armas nucleares. As bombas podem matar os esfomeados, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças e a ignorância. Não podem tão pouco matar a justa rebeldia dos povos”.

Aqueles que hoje se regozijam com o seu desaparecimento físico são os frustrados que não o conseguiram vencer em vida. Contra tudo e contra todos, Fidel foi sempre um vencedor, resistindo a todos os ataques e sobrevivendo a centenas de tentativas de assassinato, sendo apenas traído pela falência de alguns órgãos do seu corpo, mas mantendo-se lúcido até ao fim como ele sempre desejou.

Trincheiras de ideias valem mais que trincheiras de pedra, escreveu José Marti, e Fidel personifica bem essa imagem ao deixar-nos um vastíssimo rol de pensamentos e reflexões sobre os mais variados temas, para além de ter posto em prática aquilo em que acreditava ser possível para construir um mundo melhor.

Em 1996 dizia: "Os homens passam, os povos permanecem; os homens passam, as ideias permanecem. Os homens passam, mas o sentido de justiça, de irmandade e de igualdade entre os seres humanos, o direito a defender os seus valores, as suas esperanças, no nosso povo nunca passarão".

Fidel, idolatrado pelo seu povo, deixa um importantíssimo legado às novas gerações para que continuem o aperfeiçoamento da Revolução que tantos sacrifícios tem custado para manter um país unido e soberano, resistindo a todas as contrariedades e ataques traiçoeiros ao longo da sua história.

Fidel não morreu! Apenas o seu corpo já transformado em cinzas repousará junto ao Apóstolo José Marti, as duas mais importantes figuras de Cuba, permanecendo para a eternidade os seus ideais.


Até sempre Comandante!