quarta-feira, 30 de outubro de 2013



Que importância pode ter a decisão de uma Assembleia-geral, no caso a das Nações Unidas, em que num universo de 193 países 3 se abstenham e 2 votem contra uma resolução para pôr fim a um Bloqueio económico, comercial e financeiro que é exercido sobre um país soberano e independente?

Pelos vistos isso não tem qualquer valor, já que anualmente e pela 22ª vez consecutiva a votação tem sido sempre nesse sentido e o país que exerce essas sanções numa clara violação do Direito Internacional, faz tábua rasa das decisões da esmagadora maioria, num permanente desrespeito pela organização e pelos países que dela fazem parte.

O assunto já é tão vulgar, que a comunicação social nem se dá ao trabalho de escrever umas simples linhas, embora esteja sempre preparada e receptiva para servir de correia de transmissão de tudo o que possa denegrir a imagem de Cuba.

Imagine-se, só por mero exercício de uma simples suposição, que as Nações Unidas aprovavam uma resolução contra Cuba, mesmo que isso não beliscasse minimamente os EUA, logo os principais serviços noticiosos das cadeias de televisão abririam com esse tema, pois se o fazem com mentiras, mais razão teriam para o fazer com uma verdade absoluta. Mas quando se trata de divulgar algo de positivo para Cuba o silêncio é total, não vá algum “drone” cair-lhes em cima.

De acordo com a Nota de Impressa emitida pela Embaixada de Cuba em Lisboa, os prejuízos económicos directos causados a Cuba pelo Bloqueio ascendem a um bilião 157 mil 327 milhões de dólares e o seu impacto é incalculável em sectores como a saúde, quando se proíbe a venda a Cuba de equipamentos e importantes produtos farmacêuticos que só se produzem nos EUA, o que configura um crime para a humanidade.

Citando a Embaixadora Johana Tablada de La Torre, “o Bloqueio é o mais complexo, abrangente e cruel sistema de sanções unilaterais que se aplica contra qualquer país do mundo. Não obstante, hoje ninguém duvida que o bloqueio representa uma política antiquada que fracassou no seu propósito fundamental de fazer colapsar o sistema político cubano, para poder impôr um outro do agrado dos EUA”.

Mesmo assim, o governo de Cuba tem expressado em inúmeras ocasiões a sua disposição para estabelecer um diálogo franco e aberto com o país vizinho, sem condições, com vista a melhorar as relações bilaterais, mas isso nunca foi aceite. Porquê? Porque para além de outros aspectos isso iria pôr em confronto dois sistemas diferentes, revelando as virtualidades de uma Revolução que permanentemente se vai aperfeiçoando ao serviço de todo um povo e não de interesses de um capitalismo selvagem que apenas serve para alguns.

Cuba é um país soberano e tem de ser respeitada a sua independência quer se goste ou não.


Celino Cunha Vieira - Associação Portuguesa José Marti / Cubainformación



sexta-feira, 25 de outubro de 2013

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013