Aproveitando o lamentável falecimento de um preso de delito comum, a imprensa internacional voltou a unir-se numa campanha mediática para fazer crer ao mundo que em Cuba existe uma repressão feroz aos “pseudo-dissidentes”, inventando factos inexistentes e transformando agressores em simples prevaricadores de delito de opinião.
O denominado “preso politico” que faleceu há dias, cumpria uma pena de privação da liberdade por 4 anos após ter sido julgado em Tribunal com todos os direitos que a Constituição e as Leis lhe conferem, acusado de ter agredido violentamente a sua própria esposa, provocando-lhe graves lesões no corpo e em especial no rosto, tendo a sua sogra pedido a intervenção das autoridades às quais resistiu e também agrediu, nunca tendo feito qualquer greve de fome antes ou depois da sua detenção.
Este cidadão morreu por falência de múltiplos órgãos, associada a um grave processo respiratório séptico, apesar de ter recebido toda a atenção médica especializada na sala de cuidados intensivos do principal centro hospitalar de Santiago de Cuba, onde os seus familiares foram sendo informados de todos os procedimentos médicos, reconhecendo e agradecendo o esforço que foi feito para o salvar.
Após ter cometido o delito pelo qual foi processado e ainda em liberdade, estabeleceu contactos com grupelhos mercenários que o convenceram – tal como a muitos outros – a dizer-se “opositor político” para assim tentar furtar-se à acção da justiça.
Estes métodos são já bem conhecidos e ciclicamente manipulados e convertidos em notícias de repercussão internacional por quem não se preocupa com os 3.222 reclusos que esperam a sua execução no corredor da morte em cadeias de alta segurança dos EUA.
Não foi em Cuba que no último ano foram executados 90 prisioneiros e que já este ano teve lugar nos EUA a 1ª execução, reprimindo o seu governo sem qualquer tipo de contemplações quem se atreve a denunciar a injustiça do sistema.
Há que lembrar que é o governo dos EUA que pratica a tortura e as execuções extrajudiciais nos países que ocupa e que usa a brutalidade policial contra a sua própria população.
Não é em Cuba que se prendem pessoas por combaterem o terrorismo, mas sim nos EUA que se fazem julgamentos fantoches para injustamente manterem 5 heróis cubanos nas suas prisões, impedidos até de receberem visitas dos seus familiares mais próximos.
É sim em território cubano que os EUA se recusam a devolver, que existe a prisão de Guantánamo - para que estejam longe dos olhares da “Pátria das Liberdades” - onde são mantidas há largos anos pessoas sem qualquer culpa formada nem julgamento, pese embora todas as recomendações e decisões em contrário de vários organismos internacionais e da promessa feita pelo Nobel da Paz, Barack Obama.
(Por Celino Cunha Vieira, in Semanário Comércio do Seixal e Sesimbra de 27/01/2012)
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