Na passada semana o governo dos EUA anunciou a aplicação de novas medidas em relação a Cuba, que consistem em autorizar as viagens de alguns cidadãos norte-americanos com fins académicos, educacionais, culturais e religiosos, permitindo também que possam ser enviadas em quantidades limitadas remessas de dinheiro ou bens a cidadãos cubanos, assim como rever a possibilidade da operação de voos charter desde os aeroportos internacionais dos EUA directos a Cuba, mas sob determinadas condições.
Havendo ainda que esperar pela publicação oficial destas intenções para se conhecer o seu verdadeiro significado, não deixa de ser para já um princípio que a administração Obama reconheça que o criminoso embargo económico e financeiro não faz qualquer sentido e que só com um diálogo de respeito pela soberania de cada país se pode avançar para uma relação de boa vizinhança que ambos os povos desejam.
Aliás, a adopção destas medidas resulta do esforço de amplos sectores da sociedade norte-americana que durante anos tem reclamado o levantamento do bloqueio contra Cuba e a eliminação da absurda proibição das viagens.
Mas esta decisão é também o reconhecimento do fracasso da política dos EUA que tudo tem feito para conseguir a dominação do povo cubano, querendo sujeitá-lo às suas regras “democráticas” e neo-colonialistas, tal como o tem tentado em muitos outros países.
O que agora foi anunciado pela Casa Branca é, no fundamental, o restabelecimento de algumas disposições que estiveram em vigor na década de noventa durante o mandato de Clinton e que foram eliminadas pelo paranóico George Bush após 2003, beneficiando apenas determinadas camadas de norte-americanos, não restituindo o direito a todos os cidadãos que continuarão a ser os únicos em todo o mundo que não podem livremente deslocar-se a Cuba.
De acordo com a denúncia exposta na declaração do Ministério de Relações Exteriores de Cuba, estas medidas confirmam que não existe grande vontade para mudar a política de bloqueio e desestabilização contra Cuba. Ao anunciá-las, os funcionários do governo dos EUA deixaram bem claro que o bloqueio se manterá intacto e que se propõem usar as novas medidas para fortalecer os instrumentos de subversão e ingerência nos assuntos internos de Cuba.
Se existisse um interesse real em ampliar e facilitar os contactos entre os dois povos, os EUA deveriam levantar o bloqueio, pois Cuba sempre facilitou o intercâmbio com o povo norte-americano, as suas universidades e as suas instituições académicas, científicas e religiosas. Todos os obstáculos que dificultam as visitas dos cidadãos norte-americanos a Cuba têm estado sempre do lado do governo dos EUA, que frio e indiferente, não se compadece que 12 horas de bloqueio equivalem a toda a insulina anual necessária aos 64.000 cubanos que dela necessitam, ou que 5 horas do mesmo bloqueio correspondem aos dializadores anuais necessários para os doentes crónicos renais existentes no país.
(In Semanário Comércio do Seixal e Sesimbra de 21/01/2011)
Havendo ainda que esperar pela publicação oficial destas intenções para se conhecer o seu verdadeiro significado, não deixa de ser para já um princípio que a administração Obama reconheça que o criminoso embargo económico e financeiro não faz qualquer sentido e que só com um diálogo de respeito pela soberania de cada país se pode avançar para uma relação de boa vizinhança que ambos os povos desejam.
Aliás, a adopção destas medidas resulta do esforço de amplos sectores da sociedade norte-americana que durante anos tem reclamado o levantamento do bloqueio contra Cuba e a eliminação da absurda proibição das viagens.
Mas esta decisão é também o reconhecimento do fracasso da política dos EUA que tudo tem feito para conseguir a dominação do povo cubano, querendo sujeitá-lo às suas regras “democráticas” e neo-colonialistas, tal como o tem tentado em muitos outros países.
O que agora foi anunciado pela Casa Branca é, no fundamental, o restabelecimento de algumas disposições que estiveram em vigor na década de noventa durante o mandato de Clinton e que foram eliminadas pelo paranóico George Bush após 2003, beneficiando apenas determinadas camadas de norte-americanos, não restituindo o direito a todos os cidadãos que continuarão a ser os únicos em todo o mundo que não podem livremente deslocar-se a Cuba.
De acordo com a denúncia exposta na declaração do Ministério de Relações Exteriores de Cuba, estas medidas confirmam que não existe grande vontade para mudar a política de bloqueio e desestabilização contra Cuba. Ao anunciá-las, os funcionários do governo dos EUA deixaram bem claro que o bloqueio se manterá intacto e que se propõem usar as novas medidas para fortalecer os instrumentos de subversão e ingerência nos assuntos internos de Cuba.
Se existisse um interesse real em ampliar e facilitar os contactos entre os dois povos, os EUA deveriam levantar o bloqueio, pois Cuba sempre facilitou o intercâmbio com o povo norte-americano, as suas universidades e as suas instituições académicas, científicas e religiosas. Todos os obstáculos que dificultam as visitas dos cidadãos norte-americanos a Cuba têm estado sempre do lado do governo dos EUA, que frio e indiferente, não se compadece que 12 horas de bloqueio equivalem a toda a insulina anual necessária aos 64.000 cubanos que dela necessitam, ou que 5 horas do mesmo bloqueio correspondem aos dializadores anuais necessários para os doentes crónicos renais existentes no país.
(In Semanário Comércio do Seixal e Sesimbra de 21/01/2011)
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