sábado, 5 de maio de 2018



PRIMEIRO DE MAIO EM CUBA

Quem teve o desejo e a oportunidade de ver através da Cubavisión as comemorações do 1.º de Maio em Cuba, verificou certamente que este ano a participação popular foi maior que em anos anteriores, numa demonstração de completa sintonia com a Revolução e com os dirigentes eleitos recentemente, nunca esquecendo o líder histórico e grande timoneiro dos ideais e das conquistas alcançadas ao longo dos últimos 59 anos por um povo que não se verga e que sabe quais os caminhos que deve traçar para se manter livre e independente.
Em Havana cerca de um milhão de cidadãos de todas as idades desfilaram perante o novo presidente Miguel Diaz Canel e o anterior Raul Castro, os quais, lado a lado, foram acenando e agradecendo as manifestações de apoio e solidariedade de que foram alvo.
No contexto e antes do desfile, o líder da Central de Trabalhadores de Cuba, Ulisses Guilarte de Nascimento fez a sua alocução e agradecimento a todos os participantes, incluindo os das delegações estrangeiras que se deslocaram propositadamente num gesto de solidariedade com Cuba.

Disse Ulisses Guilarte:
“Neste momento histórico para o país, milhões de cubanos em todo o comprimento ea largura do país, estrela em outra mobilização nacional maciça e popular para comemorar Dia Internacional dos Trabalhadores, presidido pelo lema Unidade, Compromisso e Victoria, em um momento em que nos desenvolvemos a partir do sindicato baseia o processo orgânico para o XXI Congresso da Central de Trabalhadores de Cuba, que terminará no próximo ano comemorando o 80 º aniversário da sua fundação.
Temos muitas razões e argumentos para transformar este Dia de Maio numa nova manifestação de apoio à nossa Revolução, a Raul Castro, a Diaz Canel e também num cenário de homenagem ao seu histórico líder Fidel Castro Ruz para ratificar a firme determinação de cumprir o conceito de revolução que nos legou.
Nesta ocasião, a luta heróica faz-nos sentir orgulho de ser cubano dignificando a história do nosso país, como o aniversário 165 do nascimento do herói nacional José Martí, como os 150 anos do início da guerra pela independência, ou o 65º do assalto ao quartel Moncada e Carlos Manuel de Céspedes e o 60º aniversário do triunfo da Revolução.
Ao mesmo tempo, as imagens de destacados líderes trabalhadores que hoje portamos e homenageamos neste enorme desfile como Lázaro Peña, Jesús Menéndez, José María Pérez, Aracelio Iglesias, e outros intimamente ligados às lutas sindicais, constituem o testemunho da nossa eterna gratidão pelo seu exemplo de fidelidade e firmeza.
Da mesma forma, nos desfiles compactos e coloridos, que neste momento decorrem pelas praças de todo o país, reiteramos a denúncia pela cessação do bloqueio genocida económico, comercial e financeiro imposto a Cuba e que agora se intensifica, multiplicará a voz de um povo que exige o retorno do território ocupado ilegalmente pela base naval de Guantánamo, assim como denunciamos a acção agressiva e intervencionista do governo dos Estados Unidos.
A batalha estratégica no campo económico e produtivo das empresas, estatais ou privadas, exige, como nunca antes, a contribuição dos trabalhadores para elevar e diversificar constantemente as produções e melhorar a qualidade dos serviços, juntamente com a necessária eficiência do processo de investimento que é executado nos programas de desenvolvimento do país.
Ao atingir esses objectivos, estamos plenamente conscientes da responsabilidade da classe trabalhadora em gerar a riqueza que o nosso povo precisa para satisfazer as suas necessidades, preservar os ganhos sociais e ter como premissa o aumento da renda real dos trabalhadores e aposentados.
Num dia como hoje, não se pode esquecer que vivemos num mundo caracterizado por uma ordem económica internacional, injusto, desigual e exclusivo, onde a ofensiva do imperialismo e as suas políticas neoliberais continuam a ter impacto no mundo do trabalho.
As reformas trabalhistas, recentemente aplicadas em vários países, eliminaram acordos de negociação colectiva aumentando as bolsas de pobreza, fomentaram os contratos precários onde as grandes vagas de trabalhadores migrantes não têm as garantias mínimas dos seus direitos trabalhistas, da mesma forma que o desemprego aumenta com maior incidência em jovens e mulheres, juntamente com a exibição de propaganda para desvalorizar o papel de classe dos sindicatos.
Cuba e o seu movimento sindical reafirma o firme compromisso e solidariedade militante com os povos do mundo que estão lutando pela sua soberania e independência.
Satisfaz-nos saudar neste acto os companheiros e amigos de diversas organizações sindicais, grupos de solidariedade e movimentos sociais que com a sua presença referendam o seu incondicional apoio à nossa luta para alcançar um mundo melhor.
O Dia Internacional dos Trabalhadores é uma contundente demonstração das sólidas bases da nossa gloriosa Revolução, do respeito maioritário dos trabalhadores e do povo à actualização do modelo sócio-económico do nosso país.
Unidade, Compromisso e Vitória sintetizam a nossa decisão presente e futura de seguir construindo uma nação soberana, independente, democrática e próspera. Adiante compatriotas, nada nos deterá.”

(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)





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