quinta-feira, 26 de março de 2015


CUBA E VENEZUELA NÃO ESTÃO SÓS

Tal como aconteceu com Cuba durante mais de meio século, em que os Estados Unidos da América agitavam a bandeira do perigo que constituía para a sua segurança interna um pequeno país com pouco mais de 10 milhões de habitantes que apenas desejava viver em paz, agora acusam também a Venezuela de constituir uma ameaça para o país, porque não conseguindo mudar a política sufragada maioritariamente pelo povo, voltam a utilizar os mesmos meios para atingirem os fins que desejavam para Cuba.

Não é por acaso que se assiste a grandes contestações no Brasil, quando a eleição presidencial ocorreu há tão pouco tempo e não é por acaso que os ataques à ordem constituída na Venezuela se multiplicam com acções subversivas, numa guerra de índole económica que afecta os mais desfavorecidos, a principal base de apoio ao Presidente Maduro, tentando provocar o seu descontentamento generalizado.

Mas hoje o panorama é bem diferente e as pessoas já não se deixam enganar como outrora, dando valor e apoiando quem mais se tem preocupado pela distribuição equitativa da riqueza gerada pelos recursos naturais e pelos meios de produção através de uma maior justiça social.

Recentemente os Estados membros da União de Nações Sul-americanas manifestaram a sua rejeição ao Decreto Executivo do Governo dos Estados Unidos da América, aprovado em 9 de Março de 2015, por constituir uma ameaça e ingerência à soberania e ao princípio da não intervenção nos assuntos internos de outros Estados.

Os Estados membros da UNASUR reafirmaram o seu compromisso com a plena vigência do Direito Internacional, a Soluções Pacíficas de Litígios e ao princípio de Não Intervenção, e reiteraram o seu apelo a que os Governos se abstenham da aplicação de medidas coercivas unilaterais que violem o Direito Internacional.

A UNASUR reiterou o apelo ao governo dos Estados Unidos da América para que avalie e ponha em prática alternativas de diálogo com o governo da Venezuela, sob os princípios de respeito pela soberania e autodeterminação dos povos e consequentemente, solicita a eliminação do citado Decreto Executivo.

Dentro de dias a Cimeira das Américas reunirá no Panamá os Chefes de Estado e de Governo para debater e afirmar valores comuns, assim como concertar acções com a finalidade de fazer frente aos desafios que se apresentam aos países de toda a América.

Mais uma vez se espera a condenação generalizada ao bloqueio imposto a Cuba, pois as boas intenções reveladas pelo Presidente Obama ainda não tiveram uma completa aplicação prática, mas também a Cimeira se deve pronunciar sobre a Resolução dos EUA contra a Venezuela, que não tem a menor justificação, servindo apenas para desestabilizar um país que necessita de paz social para poder continuar a Revolução Bolivariana iniciada por Hugo Chávez, pela liberdade e pela independência.


(Celino Cunha Vieira-Cubainformación)


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