quinta-feira, 7 de maio de 2015


1.º DE MAIO DE 2015

Mais uma vez tive o privilégio de acompanhar uns amigos a Cuba para participarem no grande desfile do 1.º de Maio em Havana, que desta vez decorreu debaixo de uma irritante chuva, mas que nem assim serviu para desmobilizar o povo que mais ou menos protegido contra a intempérie, compareceu em massa para confraternizar e viver a grande festa do Dia do Trabalhador de apoio à Revolução, tendo este ano a particularidade de homenagear os Cinco Heróis Cubanos que com os seus familiares directos encetaram o desfile, após tantos e tantos anos em que foram impedidos de o fazer e que aqui se reclamou insistentemente a sua libertação, cumprindo-se a promessa de Fidel: “volveran!” e finalmente regressaram todos à Pátria e ao convívio com os seus concidadãos que eternamente lhes estarão agradecidos.

Mesmo com mau tempo a alegria foi contagiante, predominando o colorido e a juventude que pulou e dançou enquanto desfilava, empunhando os mais variados cartazes com palavras de ordem ou fotos dos seus líderes, como Marti, Che, Camilo, Raul e Fidel, personalidades que sempre são lembradas pelo seu passado ou presente e referências da Revolução Cubana.

A tudo isto também assistiu o Presidente Raul Castro acompanhado pelo Presidente Nicolás Maduro, que veio agradecer todo o apoio à Revolução Bolivariana da Venezuela, tão atacada nos últimos tempos pelo império norte-americano, que continua a querer ingerir-se nos destinos de nações soberanas e independentes que democraticamente sabem escolher o futuro que desejam.

Este ano participaram delegações de mais de 60 países, entre elas a de Portugal, umas mais numerosas que outras, que também se reuniram no Palácio das Convenções para expressarem a sua solidariedade com Cuba, tendo-se assistindo a intervenções muito emotivas e amplamente aplaudidas por cerca de um milhar de presentes.

A delegação portuguesa teve ainda oportunidade de estabelecer contactos com várias instituições cubanas e visitas a uma cooperativa agrícola, a um médico de família, a um policlínico, a um Comité de Defesa da Revolução e a uma obra social de Havana Velha, complementando um programa que tinha por objectivo dar a conhecer a verdadeira realidade e não aquilo que a habitual propaganda emanada por alguns comentaristas e comunicação social tentam fazer crer. Como em tempos disse Fidel, “Cuba não é o paraíso, mas também não é o inferno que muitos desejam que seja”.

O povo está alerta e vigilante sobre os perigos que podem advir contra as conquistas alcançadas pela Revolução, sabendo que são irreversíveis e que as novas gerações são o garante da sua continuidade.

José Marti e todos aqueles que se sacrificaram para que Cuba fosse soberana e independente merecem qualquer sacrifício.

(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)


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