quinta-feira, 11 de dezembro de 2014


CIMEIRA DA COMUNIDADE DO CARIBE

Terminou há dias em Havana a 5ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade do Caribe – CARICOM – a qual foi constituída em 1973 por 14 países e 6 territórios autónomos, vindo o bloco económico a admitir Cuba em 1998 como observador e mais tarde a estabelecer acordos de livre comércio com Cuba e com a República Dominicana. Este conjunto de países fazem também parte da Comunidades de Estados Latino Americanos e do Caribe – CELAC – num total de 33 países dos 35 que constituem todo o Continente.

Vem isto a propósito para relembrar o total isolamento de Cuba no início da década de 90, não por vontade própria, mas porque a grande maioria dos países estavam subjugados à vontade e à política externa dos EUA que directa ou indirectamente manobrava os governos da totalidade dos países latino-americanos, que obedeciam às ordens e colaboravam no boicote decretado unilateralmente contra Cuba.

Felizmente para todos, em especial para esses países que conseguiram sair dessa dependência neo-colonialista, hoje o panorama é bem diferente e podem decidir os seus destinos com total liberdade e soberania, cumprindo os desejos e os ensinamentos de Bolívar e de Marti por uma América livre e unida por laços profundos de amizade e de cooperação, já que o povo tem as mesmas origens, as mesmas dificuldades e os mesmos desejos.

O desenvolvimento que se tem operado na região é significativo e com o fortalecimento destas organizações só poderemos esperar uma melhor qualidade de vida para as populações que tão sacrificadas foram e que na actualidade começam a ter os seus direitos assegurados com a ajuda daqueles que mesmo estando sós, conseguiram manter os seus princípios revolucionários, como é o caso de Cuba, que tem colaborado com outros países, principalmente nas áreas da educação e da saúde, enviando dos seus melhores técnicos para cumprirem missões internacionalistas nos lugares mais recônditos e de difícil acesso, ajudando a minorar as carências de que são vítimas as populações.

Por isso, na declaração final desta Cimeira, os participantes reconhecem que a cooperação entre Cuba e os países da Comunidade do Caribe, em sectores tais como a saúde, o desenvolvimento dos recursos humanos, a construção e o desporto, contribuiu de maneira efectiva para o crescimento e bem-estar dos seus povos, expressando o sincero agradecimento ao governo de Cuba pelo seu constante apoio.

Na mesma declaração exigem o fim imediato do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos EUA contra Cuba e, especialmente, do seu carácter extraterritorial e de perseguição financeira contra as transacções cubanas, assim como a retirada de Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo e que o governo dos EUA deixe de executar acções encobertas para subverter a legalidade e a ordem interna da República de Cuba, que constituem violações da soberania e do direito à autodeterminação do seu povo.

(Celino Cunha Vieira - Cubainformación)



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