CADA DIA 5 PELOS CINCO
Quem não tolera
injustiças e está minimamente informado sobre o caso dos Cinco Heróis Cubanos
que há mais de 15 anos foram presos nos EUA pelo “hediondo crime” de lutarem
contra o terrorismo, todos os dias se lembra deles e das privações a que estão
sujeitos. Mas a cada dia 5 e até à sua libertação incondicional, por todo o
mundo se faz uma referência especial neste dia através dos mais variados meios
de comunicação, apelando ao presidente Obama (Prémio Nobel da Paz) para que de
uma vez por todas ponha fim a esta escandalosa injustiça.
A opinião pública
norte-americana a quem durante anos se escondeu a verdade, começa a dar sinais
de incómodo pela situação e já há várias organizações de carácter social que se
juntaram à crescente onda de solidariedade para com os Cinco, realizando acções
de divulgação sobre o julgamento de um processo eivado de irregularidades e
mentiras que os levou à condenação.
Mas a hipocrisia das
autoridades norte-americanas continua a dar mostras de ter dois pesos e duas
medidas, quando agora 66 senadores democratas, republicanos e independentes,
acabam de enviar ao presidente Obama uma carta a pedir que confira prioridade
humanitária para a libertação de Alan Gross, que cumpre em Cuba uma sanção de
liberdade, este sim, por praticar actos de terrorismo.
A propósito, a
directora-geral da Secção dos Estados Unidos do Ministério de Relações
Exteriores de Cuba, Josefina Vidal Ferreiro, emitiu a seguinte declaração:
“O governo
cubano reitera a sua disposição para estabelecer de imediato um diálogo com o
governo dos Estados Unidos para encontrar uma solução para o caso do Sr.Gross
sobre bases recíprocas, que contemple as preocupações humanitárias de Cuba
vinculadas ao caso dos quatro cubanos lutadores antiterroristas que estão
presos nos EE.UU.
Gerardo Hernández,
Ramón Labañino, António Guerrero e Fernando González, que formam parte do grupo
dos Cinco, cumprem prolongada e injusta prisão por delitos que não cometeram e
que nunca foram provados. A sua prisão tem um alto custo humano para eles e
seus familiares. Não viram crescer os seus filhos, perderam mães, pais e
irmãos, enfrentam problemas de saúde e têm estado separados das suas famílias e
da sua Pátria por mais de 15 anos”.
Referiu ainda a
directora Josefina Vidal:
“O Sr.Alan Gross foi
detido, processado e condenado por violar as leis cubanas, ao implementar um
programa financiado pelo governo dos EE.UU., com o objectivo de desestabilizar
a ordem constitucional cubana, mediante o estabelecimento de sistemas de
comunicações ilegais e encobertos, com tecnologia não comercial. Essas acções
constituem delitos graves que são severamente punidos na maioria dos países,
incluindo os EE.UU.
Cuba compreende as
preocupações humanitárias no caso do Sr.Gross, mas considera que o governo dos
EE.UU. têm responsabilidades directas pela sua situação e a da sua família, e
como tal, deve trabalhar com o governo cubano na procura de uma solução.”
Desde sempre, Cuba tem
estado disponível para num plano de igualdade dialogar com os EUA sobre todos
os assuntos, mas com total respeito pela sua soberania e independência, não
admitindo ameaças ou ingerências de qualquer espécie.
(Celino Cunha Vieira –
Cubainformación)
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